Eduardo Bolsonaro pede licença da Câmara e permanece no EUA

Parlamentar diz ser alvo de perseguição, critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes

A decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar do cargo para atuar nos Estados Unidos em busca de sanções contra autoridades brasileiras reflete a escalada da tensão entre setores da direita e o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes. O movimento ocorre em meio a investigações sobre os eventos de 8 de janeiro e outras ações do STF contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em postagem publicada nas redes sociais, ele diz ser alvo de perseguição, critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e chama a Polícia Federal de “Gestapo”, polícia secreta da Alemanha nazista.

“Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar sanções aos violadores de direitos humanos. Aqui, poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, disse.

A licença do cargo também afeta a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), que Eduardo era cotado para presidir. Com a retirada de seu nome, a oposição tenta emplacar Zucco (PL-RS), demonstrando que a disputa política dentro do Congresso segue intensa.

Eduardo afirmou que a decisão foi difícil, mas que era a melhor forma de “pressionar” Alexandre de Moraes, já que, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado, “está condenado”.

“A gente está vendo uma maneira de pressionar Alexandre de Moraes a parar esse pacote de maldades dele. Eu acho que todo mundo já entendeu que no Brasil não existe possibilidade de defender esse jogo. Você pode botar o Ruy Barbosa para defender o pessoal do 8 de Janeiro ou Jair Bolsonaro. Ele já está condenado”, disse Eduardo.

“Vai ser preciso fazer uma exposição pública do que ele está fazendo, das atrocidades que está cometendo, para causar um constrangimento, e, quem sabe até, sanções contra ele. Porque você tem que ir onde está o conforto da pessoa.”

Fonte: Correio do Povo