A vereadora de Vitória, Karla Coser (PT-ES), no último dia 10 de março, votou a favor da criação da Comenda Olavo de Carvalho, que visa, dentre outras coisas, premiar profissionais da área da educação que se destacam. O fato gerou polêmica entre petistas e apoiadores da direita, uma vez que as ideias de Carvalho são contra a ideologia petista e do pedagogo Paulo Freire.

Após a aprovação na CCJ, o texto agora deve seguir para a Comissão de Educação, cuja próxima reunião está marcada para o próximo dia 25 de março (terça-feira). Caso a proposta seja novamente aprovada, ela seguirá para a Secretaria da Mesa, que pode, em breve, a incluir em sessão no plenário da câmara para votação.

O texto da proposta, que foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) apresenta as seguintes características à comenda:

I – A medalha será atribuída às pessoas ou instituições que se destacaram por suas contribuições à defesa do livre pensamento, da liberdade de expressão, da valorização da cultura e da educação de qualidade, que são pilares do legado de Olavo de Carvalho. Os agraciados serão selecionados com base em sua atuação em áreas como a filosofia, a política, a literatura, a atividade intelectual e outras manifestações que promovam a reflexão crítica e o debate construtivo na sociedade; 

II – Personalidades da cultura, jornalismo, filosofia, educação e das ciências que se destacaram por sua atuação na promoção da cultura, da ciência e da reflexão intelectual no município de Vitória; 

III – Instituições de ensino, pesquisa ou culturais que tenham contribuído para a formação de cidadãos críticos e conscientes, por meio de seus projetos ou atividades; 

IV – Iniciativas ou projetos que tenham contribuído com a melhoria da educação ou incentivado e promovido debates construtivos, a liberdade de expressão e o aprofundamento do pensamento filosófico e científico

Após a aprovação na CCJ, o texto agora deve seguir para a Comissão de Educação, cuja próxima reunião está marcada para o próximo dia 25 de março (terça-feira). Caso a proposta seja novamente aprovada, ela seguirá para a Secretaria da Mesa, que pode, em breve, a incluir em sessão no plenário da câmara para votação.

Veja o placar da votação na CCJ:

É importante lembrar que as votações nas comissões são feitas de forma digital, em um sistema biométrico. Ou seja, somente a digital do parlamentar, ou uma senha pessoal, habilitam o voto, ao contrário do passado, quando os votos eram declarados oralmente. 

Era esperado que Karla Coser tivesse feito um relatório contrário à proposta, até mesmo alegando a sua ilegalidade, uma vez que já existe um decreto semelhante (Decreto 1735/99) que atribui a Comenda Paulo Freire à personalidades envolvidas com a educação.

É possível que o posicionamento da vereadora mude até a proposta chegar ao plenário, mas sua atitude de não se opor já tem gerado rumores a respeito de sua conduta controversa na câmara. Os questionamentos são: teria a vereadora votado a matéria sem ler, ou teria ela optado por demonstrar um posicionamento independente do partido, e concorda com a homenagem?