GO: Justiça determina auxílio home care para jovem que cheirou pimenta

Segundo a família, luta para o tratamento home care era de quase dois anos. Serviço da saúde deve começar na próxima semana

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Goiânia – Após quase dois anos de luta, a Justiça de Goiás determinou que Thaís Medeiros, de 27 anos, receba auxílio para home care. A jovem ficou sem andar e falar após uma grave reação alérgica depois de sentir o aroma de uma conserva de pimenta, em 2023.

De acordo com a família da jovem, a determinação judicial saiu na quinta-feira (21/8) e o Ministério Público de Goiás (MPG) já fez a transferência do valor para o tratamento. A previsão é de que o atendimento domiciliar comece já na próxima semana. Antes disso a empresa que vai prestar o serviço deve se reunir com a família para ver as necessidades da Thaís.

Relembre o caso

  • Em fevereiro de 2023, durante um almoço na casa do namorado, em Anápolis (GO), Thaís passou mal após cheirar um frasco de pimenta em conserva.
  • Ela foi encaminhada ao hospital depois de uma parada cardiorrespiratória. Thaís chegou a ficar 20 dias internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
  • Seu diagnóstico é de edema cerebral, com lesões irreversíveis.
  • Segundo a família, a jovem está bem e prestes a completar sete meses sem internações. Thaís completará 28 anos em 7 de setembro.

Tratamento home care

De acordo com a família de Thaís, eles lutavam há quase dois anos para conseguir o serviço de home care para a jovem até a decisão favorável de quinta-feira (21/8).

O padrasto de Thaís confirmou que o valor autorizado pela Justiça é para seis meses de tratamento e após esse período é preciso uma nova liberação judicial para dar continuidade ao serviço de home care.

Em maio deste ano, a Justiça Federal bloqueou R$ 156.074,88 de dinheiro público para garantir atendimento domiciliar à jovem Thaís Medeiros.

Batalha judicial

Em outubro do ano passado, a Justiça havia determinado que a Prefeitura de Goiânia comprovasse o fornecimento do atendimento domiciliar à jovem Thaís Medeiros.

À época, o juiz estipulou um prazo de cinco dias para que a prefeitura apresentasse a comprovação do tratamento, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, tanto para a administração municipal quanto para o secretário de saúde. A decisão judicial ocorreu após a família de Thais alegar que o home care, garantido por uma liminar emitida em 2023, não estava sendo cumprido.

A liminar aponta que a jovem deve receber atendimento domiciliar por uma equipe multidisciplinar, além de transporte para consultas e insumos médicos necessários.

FONTE: METROPOLES