Crime de Opinião: O Retrocesso Democrático no Espírito Santo

Nos últimos anos, temos assistido a um avanço preocupante do ativismo judicial e da censura institucionalizada no Brasil. A chamada “lei de desinformação”, propagandeada como um mecanismo para combater fake news, abre precedentes perigosos para o que se tornou a nova fronteira da repressão: o crime de opinião.

A perseguição a vozes dissidentes já não se limita a figuras públicas de grande alcance, mas agora atinge até mesmo assessores de parlamentares oposicionistas. Recentemente, no Espírito Santo, um assessor de um deputado de oposição recebeu a visita da polícia sob a acusação de disseminação de fake news. O episódio escancara a seletividade das instituições, que parecem muito mais preocupadas em proteger políticos acuados por sua própria incompetência do que em preservar a democracia e a liberdade de expressão.

A Farsa da “Inocência” de Lula e a Construção da Censura

O caso do ex-presidente Lula é um dos exemplos mais claros de como a narrativa foi manipulada para atender interesses ideológicos e blindá-lo politicamente. Lula nunca foi inocentado. Seu caso foi anulado por uma questão de jurisdição, um erro de endereço jurídico que garantiu sua elegibilidade e o devolveu ao jogo político. No entanto, com a criação da “lei de desinformação”, questionar essa farsa poderia ser enquadrado como crime.

Esse mecanismo serve para silenciar qualquer um que desafie a versão oficial dos fatos. O uso da censura para moldar a percepção pública tem se tornado uma ferramenta essencial para manter o establishment no poder e impedir que a sociedade cobre sua classe política por erros passados.

A Hipocrisia de Parlamentares e o Jogo de Cena Contra o MST

Outro aspecto alarmante é a hipocrisia de certos parlamentares que, no Espírito Santo, votaram para fortalecer o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e agora tentam fingir uma postura de oposição ao grupo. Esses mesmos deputados, entre eles o Deputado Mazinho que contribuíram para o crescimento do MST agora tentam enganar a população com discursos inflamados contra o movimento.

O problema central não é apenas a incoerência desses políticos, mas o uso da censura para impedir que a população os exponha. Quando cidadãos questionam essas contradições, são imediatamente taxados de disseminadores de fake news e correm o risco de serem alvos de perseguição judicial.

A Armadilha da Censura e o Risco para a Esquerda

O cerco à liberdade de expressão no Brasil e mais precisamente no Espírito Santo, representa uma ameaça para todos. Hoje, é a direita quem está sendo calada, mas se a esquerda perder o poder amanhã, essa mesma legislação pode ser usada contra ela. A censura não fortalece a democracia, ela a corrói. Um país saudável precisa de pluralidade de ideias, do debate aberto e da possibilidade de questionar qualquer narrativa, sem medo de retaliação estatal.

Portanto, a luta contra o crime de opinião deve estar acima de interesses partidários ou ideológicos. Se a sociedade brasileira não reagir agora, logo veremos um país onde qualquer discordância será criminalizada, e onde a liberdade de expressão, pilar fundamental da democracia, será apenas uma lembrança distante.