ENTREVISTA| Lucas Polese aposta na polarização entre direita e esquerda. "Estarei do lado oposto ao projeto do PSB"

Por Jackson Rangel

Deputado estadual Lucas Polese (PL-ES) -

O jovem deputado estadual Lucas Polese (PL) declara que em 2026 vai em buisca de uma vaga na cadeira federal. Sua luta contra invasões de terras no Espírito Santo tem sido sua luta atual e nomina o principal culpado da presença do MST no estado: o governador Renato Casagrande (PSB)

Polese disse que acredita na polarização entre direita e esquerda mais acentuada em 2026. E quanto a esse ponto ideológico, já deixa claro: vai estar do lado oposto ao palanque do Governo do PSB. “Faz dez anos que travou luta incessante contra esse governo socialista. E não vou mudar!”


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1 – Confirma o projeto de disputar uma cadeira para federal em 2026?

Lucas Polese – Confirmo sim o projeto de disputar uma cadeira na Câmara Federal.

2 – Qual a solução para impedir o avanço do MST no Espírito Santo?

Lucas Polese – É o governador voltar a impor legalidade nesse Estado, né? É fato que o MST se beneficia muito com o governo federal. Eles tiveram 750 milhões de repasses incluídos no último orçamento para eles. Portarias falando que não pode usar força para remover eles da terra. É fato isso.

Mas se fosse só culpa do governo federal, a gente teria invasões de terra em todos os estados da federação. E tem estados que não têm: São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso.

São vários estados que não têm problema de invasão. Enquanto outros, como Espírito Santo e Bahia, por exemplo, têm esse problema. Então, não é só uma culpa do governo federal, né? Falta o gestor local, o governador, que é responsável pela política de segurança pública, pelo controle das forças de segurança. Falta ele voltar a impor legalidade no estado.

3 – Acredita na polarização entre direita e esquerda no ES no próximo pleito?

Lucas Polese – A polarização é fruto das redes sociais e dessa participação mais de perto da população no debate público, então ela não vai passar?

Com o PT no poder, e o nosso governo, acredito que ela até se acentue mais e pro lado da direita, que é o lado mais presente no nosso estado. É um viés mais do nosso povo capixaba, ser conservador. Então acho sim que a polarização vai ser muito forte no próximo pleito, pra disputa de Senado, por exemplo, com essa questão do Supremo, por aí vai.

A gente chegou a aprovar a lei que punia invasão de terra, que cortava o auxílio social deles, que proibia eles de ocuparem cargos públicos, de firmarem licitações, contratos com o governo, e o governo foi rápido em vetar, em comprar a base para que a nossa lei depois fosse derrubada na Assembleia Legislativa.

4 – Como justificar uma média de 80% de aprovação do Governo do PSB?

Lucas Polese – Essa média de aprovação de 80% do governo é porque as pessoas não aqueceram ainda o debate político eleitoral. Isso acontecia também na última eleição. O governador tinha uma aprovação relativamente alta, mas quando chegou o debate eleitoral das eleições, aí as coisas mudaram.

Aí o discurso aqueceu, as pessoas começaram a mostrar as relações do nosso governador, os políticos que ele apoiava, as coisas que ele fez durante a pandemia aqui no estado, e então quase perdeu para o Manato na eleição.

Eu acho que essa aprovação agora é porque quando questionam as pessoas, falam, ah, tá bom, tá bom e tal, mas quando aquecer o debate político eleitoral nas eleições, no ano que vem, eu acho que ele vai cair bem. Não acho que essa eleição dele é tão garantida assim, igual todo mundo fala, não!

Rapaz, vai fazer dez anos esse ano, agora que eu parei pra pensar aqui: a primeira vez que eu comecei a enfrentar processo do governador do estado eu tinha dezenove anos de idade, e esse ano faço vinte e nove.

5 – Dos pré-candidatos a governador assumidos, o deputado se vê em qual palanque?

Lucas Polese – Os nomes ainda estão sendo especulados, ainda não tem essa definição oficial dos partidos e de todos os candidatos. Mas o que eu garanto é que eu vou estar com certeza no palanque contrário ao palanque do PSB, do atual governo estadual. Isso aí é certo!

Tem dez anos, vai fazer dez anos aí que eu tô lutando contra esse governo, contra esse grupo político do Espírito Santo e eu não vou mudar.