Prefeito da Capital do ES defende anistia para os presos do dia 8

Pazolini defende o que chama de "Anistia Humanitária"

Prefeito de Vitória, ES, Lorenzo Pazolini -

Pazolini posta na sua rede social apoio a anistia aos presos por Moraes no dia 08 de janeiro

O Prefeito de Vitória, capital do Espírito Santo, Lorenzo Pazolini (Republicanos) é o primeiro e único pré-candidato ao Governo do Estado a se posicionar publicamente de forma enfática pela anistia dos presos na manifestação do dia 08 de janeiro por ordem do Ministro Alexandre de Moraes.

Amanhã, 5, ocorre em São Paulo um ato pela anistia dessas pessoas condenadas pelo Ministro Alexandre de Moraes, com aval do Supremo Tribunal Federal (STF). Governadores de centro direita e direita confirmaram presença, além de parlamentares e lideranças, prometendo um evento de elevada magnitude política que pode levar a Câmara dos Deputados a pautar e aprovar o projeto de anistia com mais de 300 votos, como já reconheceu a própria imprensa nacional.

Pazolini fez uma postagem em defesa do que ele chamou de “Anistia Humanitária”, pedindo a pacificação do país e a revisão de penas desproporcionais que condenaram os participantes da manifestação a penas de 14 a 17 anos, como a cabeleireira Débora Rodrigues, que pichou a estátua da justiça com a famosa frase “perdeu, mané”, dita pelo Presidente do STF Luís Roberto Barroso a um bolsonarista que o abordou nas ruas de Nova York.

Pazolini usou a imagem de um batom em sua postagem, que se tornou um marco da percepção de que há abusos de autoridade nos julgamentos e condenações contra essas pessoas, sem separar os vândalos dos simples participantes pacíficos, que era a imensa maioria dos presentes.

O Prefeito de Vitória disse que crimes de menor potencial ofensivo não podem ter penas maiores e desproporcionais diante de casos mais graves, como corrupção e homicídios. Segundo o Prefeito e pré-candidato a Governador do Espírito Santo:

“Quando a desproporção das penas revela mais sobre a intenção do julgador do que sobre a gravidade do crime, é o próprio sistema jurídico que entra em julgamento. Num Estado de Direito, a justiça deve ser instrumento de equilíbrio, proporcionalidade e pacificação social”, afirmou.

As postagens do Prefeito de Vitória deram a entender que o Ministro Alexandre de Moraes age por sentimentos de vingança e não aplicação técnica do Direito, ao punir de forma desproporcional com penas absurdas quem nada quebrou ou vandalizou, apenas pelo fato de estarem presentes no evento do dia 08 de janeiro. O Prefeito da Capital do Espírito Santo finaliza pedindo a pacificação do país e sua união com a aprovação da anistia, o que trará, segundo ele, mais diálogo e acolhimento.

Veja a postagem: