O uso excessivo de telas por crianças tem se tornado uma preocupação crescente. No Brasil, 44% dos pequenos com menos de 2 anos já utilizam dispositivos eletrônicos, segundo pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Esse hábito pode trazer consequências para a saúde ocular, como o aumento da incidência de miopia, olho seco e até estrabismo adquirido.

Para evitar danos à visão infantil, especialistas recomendam o monitoramento do tempo de tela e a adoção de medidas simples no dia a dia. Confira algumas estratégias eficazes para reduzir a exposição e proteger a saúde ocular das crianças:

Tempo recomendado de exposição às telas

• Menores de 2 anos: nenhuma exposição a telas.
• Entre 2 e 5 anos: máximo de 1 hora por dia.
• Entre 6 e 10 anos: de 1 a 2 horas diárias.
• Entre 11 e 18 anos: até 2 a 3 horas por dia.

Dicas para reduzir a exposição e proteger a visão

• Prefira telas maiores e distantes: opte pela TV em vez do celular, mantendo sempre uma distância segura.
• Atenção à distância dos aparelhos: mantenha-os a pelo menos um braço de distância da criança.
• Evite telas durante as refeições: estimule a interação social nesses momentos.
• Desconecte antes de dormir: reduza o uso de telas pelo menos 2 horas antes de dormir para evitar impactos no sono.
• Adote a regra do 20-20-20: a cada 20 minutos de tela, desvie o olhar por 20 segundos para um objeto a 6 metros de distância, ajudando a relaxar a visão.
• Postura correta ao usar dispositivos: tablets e computadores devem ficar na altura dos olhos, com atenção à posição das costas e do pescoço.
• Incentive atividades ao ar livre: brincar ao ar livre por pelo menos 2 horas diárias ajuda a reduzir o risco de miopia.
• Ajuste a luminosidade da tela: evite usar dispositivos em ambientes escuros e mantenha o brilho do aparelho adequado à iluminação do local.

Ao aplicar essas estratégias no dia a dia, é possível reduzir os impactos negativos das telas e garantir um desenvolvimento saudável para a visão das crianças.

FONTE: JOSUÉ DE OLIVEIRA