Quase 500 mil trabalhadores foram afastados por saúde mental em 2024

Com a companha de conscientização 'Abril Verde', especialista da ViV reforça a importância de medidas para ambientes corporativos mais saudáveis

Fonte: Freepik -

O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental que afeta trabalhadores e empresas. Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, em 2024, foram registrados 472.328 afastamentos do trabalho por transtornos psicológicos, um aumento de 68% em relação ao ano anterior. O número é o maior em pelo menos dez anos, refletindo um cenário alarmante para a saúde do país.
 

Diante desse contexto, a campanha ‘Abril Verde’ chama a atenção para os impactos do adoecimento mental e a necessidade de medidas que promovam ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. A iniciativa nacional tem como objetivo prevenir doenças e acidentes no trabalho, incentivando empresas a adotarem políticas de bem-estar e acolhimento para seus colaboradores.
 

A implementação dessas medidas torna-se cada vez mais urgente, pois os impactos do afastamento por doenças mentais vão além do indivíduo, gerando reflexos significativos na sociedade e no sistema produtivo. No ambiente corporativo, a queda na produtividade, o aumento da ausência dos colaboradores durante o expediente e a alta rotatividade de funcionários são desafios crescentes.
 

A falta de tratamento adequado pode piorar os quadros clínicos, comprometendo a qualidade de vida dos trabalhadores e dificultando seu retorno ao mercado de trabalho.
 

Diante desse cenário, Dr. Antonio Calazans, diretor técnico da Clínica VIVERE, do Grupo ViV Saúde Mental e Emocional, ressalta a importância de ações coletivas e individuais. “Os números estatísticos a respeito do impacto da saúde mental no trabalho falam por si e não permitem mais dúvidas a respeito. A saúde mental tornou-se pauta de primeira ordem em todos os grupamentos humanos, sejam famílias, instituições, empresas e grandes corporações. Muitas ações podem ser debatidas e consideradas para amenizar tais problemas, mas considero que a presença de profissionais da saúde mental trabalhando no planejamento de medidas preventivas dentro das empresas e instituições deve ser o primeiro passo”, afirma.