
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) coordenou, nesta quinta-feira (30), mais uma fase da Operação Abutres II, que investiga fraudes em pedidos de indenização relacionados ao rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG). A tragédia afetou o Rio Doce e impactou diversas cidades capixabas.
A operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Baixo Guandu, no Espírito Santo, e Aimorés, em Minas Gerais. O objetivo foi apreender documentos, computadores e outros materiais que possam contribuir com as investigações.
As investigações, que tramitam em segredo de Justiça, apuram irregularidades em requerimentos de indenizações apresentados à extinta Fundação Renova por meio do Sistema Indenizatório Simplificado (Novel). O programa foi criado para compensar vítimas do desastre ambiental, mas há suspeitas de que fraudadores estejam se beneficiando indevidamente.
A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte) e pela Promotoria de Justiça de Linhares, com apoio da Assessoria Militar do MPES e do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Força-tarefa envolveu agentes do Espírito Santo e Minas Gerais
Os trabalhos foram realizados por promotores de Justiça e servidores do GAECO-Norte, com a participação de:
✅ 7 agentes do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES
✅ 4 agentes do GAECO de Ipatinga (MG)
✅ 3 militares da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)
A Operação Abutres II faz referência às aves de rapina que se alimentam de carcaças de animais mortos. Segundo o MPES, o nome simboliza indivíduos que tentam se beneficiar de uma tragédia marcada por mortes e destruição, desviando recursos destinados às vítimas legítimas do desastre da Samarco.
As investigações seguem em andamento, e novas fases da operação podem ser deflagradas conforme o avanço dos trabalhos.
FONTE: ESFALA