Brasil lidera rankings de ansiedade e depressão 

E vive alerta em saúde mental, aponta relatórios internacionais

O Brasil enfrenta uma verdadeira crise silenciosa em saúde mental. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ocupa o 1º lugar no mundo em casos de ansiedade e é o 5º mais depressivo do planeta. A situação coloca o país sob alerta e evidencia a urgência de políticas públicas e ações preventivas no campo da saúde mental.

O panorama preocupante foi reforçado por um levantamento recente do Global Mind Project, relatório internacional que monitora o bem-estar psicológico em mais de 60 países. A pesquisa aponta que os efeitos da pandemia de Covid-19 ainda impactam fortemente os brasileiros, influenciando no aumento de transtornos como depressão, ansiedade e a chamada síndrome de Burnout — esgotamento físico e emocional relacionado ao trabalho.

No ranking global, que analisou dados de 64 países, o Brasil aparece como o 3º mais afetado em termos de saúde mental, atrás apenas do Reino Unido e da África do Sul. O relatório evidencia que, mesmo com o fim da emergência sanitária da pandemia, as consequências psicológicas seguem profundas e persistentes.

Destaque na América Latina e nas Américas

O Brasil também lidera os índices de prevalência de depressão na América Latina e é o segundo país com maior incidência do transtorno em toda a região das Américas. Os dados refletem um cenário desafiador para o sistema de saúde pública, que precisa lidar não apenas com o aumento da demanda por atendimento psicológico, mas também com a carência de profissionais e estruturas adequadas para o suporte da população.

Especialistas Apontam Riscos

Profissionais da área alertam para os riscos de não se tratar adequadamente esses transtornos. A ansiedade, a depressão e a síndrome de Burnout afetam diretamente a qualidade de vida, a produtividade e o convívio social das pessoas. A falta de tratamento adequado pode levar a quadros graves, como isolamento social, abandono de trabalho, e até mesmo ao suicídio.

Caminhos para a Prevenção

Para especialistas, é fundamental que haja investimento em políticas públicas de saúde mental, campanhas de conscientização e ampliação do acesso a serviços psicológicos e psiquiátricos. Além disso, empresas e instituições de ensino também têm papel importante na criação de ambientes mais saudáveis e acolhedores.

Fonte: radiosampaio.com.br