
O sabor de uma das receitas mais emblemáticas da capital capixaba agora está protegido por lei. A Câmara Municipal de Vitória aprovou o projeto que declara o Arroz de Polvo como Patrimônio Cultural Imaterial da Gastronomia do município. A iniciativa é do vereador Armandinho Fontoura (PL), que destacou a importância da medida para valorizar a identidade local e o turismo gastronômico.
“Vitória é uma cidade que encanta pelo mar, pelas paisagens e também pela mesa farta. O Arroz de Polvo faz parte da nossa história, é tradição nos quiosques da Curva da Jurema, na Ilha das Caieiras e em tantos restaurantes que levam o nome da capital para além do Espírito Santo. Transformá-lo em patrimônio cultural é reconhecer a força da nossa gastronomia e garantir que essa tradição seja preservada e valorizada”, afirmou o vereador.

A iguaria, que hoje é símbolo da culinária capixaba, carrega mais de 45 anos de tradição no mesmo lugar. A receita que se tornou famosa foi criada há cerca de 25 anos pela chefe Sônia Lauret Cosme, herdeira do legado de Olinto Lauret, o “Alemão” da Curva da Jurema.
“Cada prato tem uma história. No início, os clientes costumavam trazer a própria comida e eu só vendia a cerveja. Achei legal criar pratos e, assim, tive a ideia de fazer o arroz de polvo”, relembra Sônia. A aposta deu certo: hoje o quiosque consome, em média, uma tonelada de polvo e de camarão por mês, servindo turistas e moradores que lotam o espaço em busca do prato que se tornou referência nacional.

Para o vereador Armandinho Fontoura, a história da família Lauret é a prova viva da força da gastronomia como expressão cultural.
“O trabalho iniciado pelo Alemão e seguido por Sônia e seus familiares ajudou a consolidar o Arroz de Polvo como referência da nossa cidade. Esse prato não é apenas um alimento, mas um símbolo de Vitória que une sabor, história e afeto”, destacou.

Com a lei sancionada, Vitória soma mais um elemento à sua identidade cultural, reforçando o papel da gastronomia como atrativo turístico e orgulho da população local. O projeto teve 14 votos a favor, ou seja, unanimidade.