
O governador Renato Casagrande tomou a decisão que muitos já enxergavam como inevitável: vai indicar Ricardo Ferraço (MDB) como o candidato do seu grupo ao Palácio Anchieta. O vice-governador consolidou sua viabilidade de forma incontestável, ocupando espaços, costurando apoios e se tornando o nome mais sólido da base governista.
Nesse contexto, surge a posição do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido). Ele é pré-candidato a governador, disputando o mesmo espaço político de Ricardo Ferraço, mas deixa claro que não aceita ser vice e não cogita qualquer movimento que o faça abrir mão da prefeitura para ser coadjuvante. A mensagem é objetiva: Arnaldinho quer o comando, não o papel secundário.
Mesmo assim, a engrenagem política indica outro caminho. Em abril, pela regra de desincompatibilização, Renato Casagrande deixará o governo para disputar o Senado, abrindo espaço para que Ricardo Ferraço assuma a caneta e a governança do Espírito Santo. Isso muda tudo. Ferraço entrará no ano eleitoral como governador, com visibilidade ampliada, estrutura de gestão e maior poder de articulação.
Enquanto isso, Arnaldinho precisa decidir se manterá sua pré-candidatura mesmo diante da força institucional que Ferraço assumirá nos próximos meses. A disputa existe, mas a correlação de forças é evidente: o casagrandismo já tem seu candidato natural, enquanto os demais pré-candidatos tentam sobreviver ao novo desenho político.
A partir de abril, Ricardo Ferraço aguardará apenas quem realmente se colocará como adversário. Hoje, a disputa está aberta. Mas o cenário, cada vez mais, parece fechad
