
O voto do ministro Luiz Fux é o mais aguardado desta semana no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa a suposta tentativa de golpe de Estado. Fux é visto como o único com possibilidade de divergir, o que poderia oferecer brechas jurídicas para recursos da defesa.
Embora um voto divergente não altere o resultado do julgamento, ele teria valor simbólico e político, reforçando o discurso de perseguição e alimentando pedidos futuros de nulidade. Fux já manifestou posições críticas em etapas anteriores, como a rejeição ao uso de tornozeleira eletrônica, à restrição de redes sociais e à validade da delação de Mauro Cid.
O cenário mais provável, no entanto, é que o ministro siga a maioria, acelerando a conclusão do julgamento ainda nesta semana. Nesse caso, as defesas poderão recorrer apenas com embargos de declaração, recurso considerado limitado e de baixo impacto.