
Em uma decisão histórica, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados bateu o martelo e suspendeu, por três meses, o mandato do polêmico deputado Gilvan da Federal (PL-ES), conhecido por suas declarações agressivas.
A medida foi tomada após o parlamentar bolsonarista disparar ofensas consideradas “abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” contra a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública, no último dia 29.
A denúncia contra Gilvan foi apresentada pela própria Mesa Diretora da Câmara, um movimento inédito, motivado pela gravidade da conduta do deputado. A representação pedia uma suspensão de seis meses, mas o relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), reduziu a punição pela metade, recomendando três meses de afastamento.
Durante a sessão do Conselho nesta terça-feira (6), a deputada Jack Rocha (PT-ES) reforçou o voto pela suspensão, lembrando que Gilvan responde a processos por violência política de gênero e já possui condenação nesse sentido.

Apesar de ainda ter o direito de recorrer ao plenário, o que exigiria 257 votos a seu favor para anular a punição, Gilvan surpreendeu ao anunciar, em sua própria defesa, que não pretende contestar a decisão.
A suspensão, mesmo mais branda do que a inicialmente proposta, é vista como um recado firme da Câmara contra condutas que ultrapassam os limites do decoro parlamentar.
*Texto de Mary Martins
FONTE : ES HJ