
O grupo de pagode gospel “IDE” está temporariamente proibido de realizar apresentações públicas ou utilizar qualquer forma de identidade ligada à marca, conforme notificação formal enviada pelo produtor e empresário artístico Mizunga, responsável pela gestão do grupo até o início deste mês. A decisão foi motivada por um rompimento contratual unilateral anunciado por um dos integrantes, Wanderson de Andrade de Jesus, por meio de mensagem enviada no dia 11 de abril.
Na notificação extrajudicial, Mizunga afirma que a decisão dos integrantes de se desvincularem da sua gestão ocorreu sem justificativas legais e descumpriu acordos previamente firmados, resultando em prejuízos financeiros e compromissos rompidos. Entre os eventos afetados, estavam apresentações agendadas no Rio de Janeiro, incluindo uma participação na Rede Globo, além de shows em Teresópolis e na cidade de Serra (ES), onde o grupo se apresentaria ao lado do cantor gospel Mattos Nascimento.
O produtor alega ainda que realizou investimentos estratégicos que contribuíram para o crescimento da banda, como a inserção em programas de TV e rádio, administração das redes sociais com mais de 5 milhões de visualizações, além do registro da marca e domínio “Grupo IDE” em seu nome.
Com base nos fatos apresentados, Mizunga entrou com uma ação judicial na Comarca de Vila Velha (ES), pleiteando indenização no valor de R$ 2 milhões por danos morais e materiais. A medida também inclui a proibição do uso do nome “Grupo IDE” por qualquer dos integrantes ou terceiros sem autorização formal. Mesmo a criação de uma nova identidade artística poderá ser contestada judicialmente, caso fique configurada a tentativa de continuidade disfarçada do projeto original.
Segundo a assessoria jurídica do produtor, a ação foi registrada também junto à Polícia Civil e tem como objetivo preservar os direitos contratuais e de imagem do projeto, além de evitar novas violações. “Estamos tratando de um projeto estruturado com base em muito trabalho e investimento. A forma como o desligamento ocorreu fere a ética profissional e prejudica não apenas o empresário, mas o público que acompanha o grupo”, declarou a assessoria em nota.
Até o fechamento desta matéria, os integrantes do grupo ainda não haviam se pronunciado oficialmente sobre o caso. A decisão judicial que avaliará o mérito da ação deve ser divulgada nas próximas semanas.