
As chuvas dos últimos dias têm trazido várias complicações para a população capixaba. Como se não bastasse o transtorno causado pelos alagamentos no dia a dia, há ainda questões relacionadas a animais. Neste caso, especificamente, os caramujos africanos, que surgem com frequência nas orlas e nos quintais das casas.
O caramujo africano é uma espécie invasora que foi introduzida no Brasil, na década de 1980. Por ser um animal trazido para o país, ou seja, que não faz parte da nossa fauna, não tem um predador natural e, por isso, quando chove, eles surgem por todos os lados.
E não existe obstáculo para esses moluscos que aparecem nos muros, postes de energia, na rua e nas calçadas, como relata o advogado Rodrigo Miranda. Ele que é morador de Jardim Camburi e utiliza a Norte-Sul para praticar atividade física, contou que tomou um susto com a quantidade. “Eu estava correndo no calçadão da orla e, ao longo da calçada, tem muitas castanheiras e os frutos estão caindo mais por causa das chuvas. Eu comecei a olhar para o chão, porque a cor deles confunde com a cor das castanhas. Tive que ficar olhando para o chão para evitar pisar”, disse.
Diferente dos caramujos “nacionais”, os africanos são gigantes e as fêmeas chegam a colocar de 10 a 400 ovos. Mesmo sem ter um predador natural, alguns animais silvestres como lagartos, gambás e gaviões consomem esse bichinho, mesmo sem fazer parte de sua alimentação normal.
É importante destacar que os caramujos podem ser responsáveis por diversas doenças, como esquistossomose, fasciolose, meningite eosinofilia e angiostrongilíase abdominal, desde que estejam infectados por parasitas, o que nem sempre acontece.
Além disso, as cascas do caramujo devem ser esmagadas para evitar que se tornem depósito das larvas do mosquito que transmite dengue e outras doenças.
Como eliminar o caramujo
Algumas pessoas jogam sal, outras matam o molusco e jogam no lixo, mas qual é a forma correta de eliminar o caramujo?
Cariacica
Em Cariacica, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, realiza o controle e a orientação sobre o manejo do molusco nas visitas domiciliares.
Ainda de acordo com a secretaria, a forma correta de agir na hora de coletar esse bicho é usar luvas ou sacolas plásticas e queimá-lo em seguida; quebrar as conchas para evitar o acúmulo de água e a proliferação do mosquito da dengue; lavar bem hortaliças, frutas e verduras antes de consumir.
A Secretaria pede que a população receba os agentes comunitários de Endemias e mantenha o quintal livre de focos de caramujos. Em caso de dúvidas, ligue para a Unidade de Vigilância de Zoonoses 3354-7032.
Vitória
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu) oferece orientações para que a cata e eliminação do animal sejam feitas com segurança. A principal recomendação é que o caramujo só deve ser catado com proteção nas mãos (luvas ou sacolas plásticas). O horário ideal de cata é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.
A Semsu relata que somente o cal virgem vai matar tanto os ovos quanto o animal; Os animais recolhidos devem ser enterrados em uma cova de, aproximadamente, 40 cm, utilizando o cal virgem no fundo da vala; Jamais ingeri-lo; Não transportá-los nem jogá-los vivos em áreas de vegetação; Para prevenir a proliferação do caramujo, deve-se manter quintais/terrenos sempre capinados e limpos.
Viana
A Prefeitura de Viana, por meio da Secretaria de Saúde (SEMSA) e Vigilância Ambiental, informa que combate a zoonose durante todo o ano nas localidades com maior incidência com catação manual e eliminação de caramujos africanos e, em alguns casos, com a aplicação de moluscicida em criadouros.
Em caso de infestação, a população pode denunciar possíveis criadouros do molusco entrando em contato com a Central de Serviços no número 156 ou com o Núcleo de Vigilância por meio do telefone (27) 98132-0087. Uma equipe técnica fará uma visita para avaliar e iniciar ações de combate a zoonose, caso necessário.
Serra
Para evitar problemas relacionados ao caramujo africano, a Prefeitura Municipal da Serra recomenda algumas medidas: não coletar ou consumir esses animais, evitar o acúmulo de lixo, utilizar luvas ao manipulá-los, descartá-los em sacos fechados junto com o lixo doméstico e lavar as mãos após o contato.
É importante destacar que o uso de produtos químicos para combater esses animais pode causar danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ao encontrar conchas vazias, quebre-as para evitar a proliferação de mosquitos.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a Vigilância Ambiental em Saúde: (27)3252-A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu) oferece orientações para que a cata e eliminação do animal sejam feitas com segurança. A principal recomendação é que o caramujo só deve ser catado com proteção nas mãos (luvas ou sacolas plásticas). O horário ideal de cata é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.
Vila Velha
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu) oferece orientações para que a cata e eliminação do animal sejam feitas com segurança. A principal recomendação é que o caramujo só deve ser catado com proteção nas mãos (luvas ou sacolas plásticas). O horário ideal de cata é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.
As equipes de limpeza urbana de Vila Velha, realizam a cata e o descarte do animal em vários pontos da orla do município.
Fonte: ESHOJE