Caseiro morre queimado enquanto dormia, em Rio Novo do Sul

A família do caseiro Roberto Fortunato Perim, de 60 anos, está sem saber a quem recorrer. Uma sobrinha foi até o Serviço Médico Legal (SML), mas foi orientada a procurar a delegacia da cidade, acompanhada de um irmão da vítima, para registrar o Boletim de Ocorrência (BO).

Roberto morreu queimado enquanto dormia na casa onde morava, na comunidade de São Vicente, no interior de Rio Novo do Sul. O fato ocorreu na noite de sexta-feira, dia 28 de fevereiro. A Perícia Técnica da Polícia Civil (PC) esteve no local e recolheu o corpo para o SML de Cachoeiro de Itapemirim no sábado, dia 1º de março, por volta das 11 horas. Desde então, o cadáver está no órgão.

A família está indignada com a demora na liberação do corpo e com as circunstâncias da morte de Roberto, que residia sozinho em uma casa de sítio. Segundo informações não oficiais, havia um varal de roupas no cômodo onde ele dormia, e as roupas pegaram fogo junto com o corpo enquanto ele estava na cama.

Na terça-feira, 4 de março, a lavradora Adriana Perim, sobrinha de Roberto, esteve no SML para obter informações sobre a liberação do corpo. Lá, foi orientada a comunicar ao irmão da vítima para comparecer à Delegacia da Polícia Civil de Rio Novo do Sul na quinta-feira, dia 6, munido dos documentos do tio falecido e seus próprios documentos, para registrar o BO e seguir até Cachoeiro para a realização de um exame de DNA. “O corpo só será liberado depois que o exame de DNA for realizado em Vitória. Eu fui até lá para saber quando o corpo seria liberado, mas me disseram que não seria agora. Um parente mais próximo precisará fazer o exame, e depois o corpo será enviado para Vitória. Eles não mexeram no corpo do meu tio; está do jeito que foi encontrado, no SML. Não temos notícias sobre quando ele será liberado”, contou Adriana.

A família de Roberto exige uma investigação para esclarecer as circunstâncias de sua morte. Há quem acredite que tenha ocorrido um acidente, já que Roberto fumava e o cigarro poderia ter caído aceso, provocando o incêndio. No entanto, é importante destacar que Roberto morreu no mesmo dia em que foi até uma agência bancária para receber uma quantia, mas não conseguiu. Além disso, ele não era mais bem-quisto na localidade devido a problemas com alcoolismo. A Polícia Civil vai investigar as causas da morte, e há suspeitas de homicídio.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) para saber se há previsão para a liberação do corpo e também para obter informações sobre a investigação. Até o fechamento desta edição, a PCES não havia respondido à solicitação.

FONTE: ESPÍRITO SANTO NOTÍCIAS