
Quem já viu um filme policial americano conhece bem a cena: preso de um lado, visitante do outro, separados por um vidro, conversando por telefone. A imagem, comum nas telas de cinema, também faz parte da realidade em presídios do Espírito Santo. O modelo é chamado de parlatório e está presente em Centros de Detenção Provisória (CDPs) do estado.
O parlatório é utilizado principalmente para atendimento de advogados, mas também pode ser usado durante visitas sociais com familiares, desde que previamente autorizadas. O espaço é composto por uma barreira de vidro ou material transparente e um telefone fixo, permitindo a comunicação sem contato físico direto. O objetivo é garantir a segurança de todos — visitantes, internos e agentes penitenciários.
Visitas presenciais só com cadastro autorizado
A Secretaria da Justiça (Sejus) informa que todas as visitas — seja em parlatórios ou pátios internos — são liberadas apenas para pessoas cadastradas no Centro de Cadastramento de Visitantes (Cecavi). É preciso enviar documentação e preencher requisitos específicos, disponíveis no site da secretaria.
Em alguns casos, os CDPs permitem visitas com contato físico, mas apenas em datas definidas pela direção da unidade. Essas ocasiões exigem planejamento e seguem protocolos de segurança reforçados.
Rigor na segurança e inspeção tecnológica
Independentemente da modalidade da visita, todas as unidades prisionais contam com revista pessoal, monitoramento por câmeras, detectores de metal e scanners corporais. Os encontros duram em média 30 minutos e são acompanhados por equipes de policiais penais.
Além disso, o sistema penitenciário capixaba também oferece videochamadas como alternativa à visita presencial, principalmente em casos de necessidade de distanciamento ou por determinação da administração da unidade. A ferramenta, porém, está disponível apenas para determinados detentos, conforme critérios de segurança e estrutura tecnológica.
O parlatório, embora pareça cena de filme, é parte real do cotidiano em diversas unidades prisionais do estado. Uma estrutura pensada para equilibrar o direito à visita e ao contato familiar, com o dever de manter a ordem e a segurança dentro dos presídios.
FONTE: ES 360