O ativista social e Embaixador da Paz Mundial no Brasil, Luan Herrera Cruz, 30 anos, foi alvo de um episódio de racismo no distrito de Conduru, em Cachoeiro de Itapemirim (ES). Descendente de escravizados da comunidade quilombola de Monte Alegre, no interior do município, Luan é amplamente reconhecido por suas ações filantrópicas de combate à fome, à pobreza e ao apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o país.

De acordo com o boletim de ocorrência, o empresário Leandro Gava Barros teria chamado o ativista de “macaco viado” em público, diante de testemunhas.

Imagens de câmeras de segurança registradas no dia 11 de abril de 2025, às 14h, mostram o agressor em cima de uma caminhonete Toyota Bandeirante azul, em frente a um imóvel de propriedade de Luan, no distrito de Conduru. Nas imagens, ele aparece utilizando um enxadão para danificar a fachada do prédio, ao mesmo tempo em que profere ofensas de cunho racista e homofóbico.

Em depoimento, a vítima afirmou:

“Eu acho nojento, um ato covarde. É a segunda vez na vida que passo por isso. Eu sei da minha cor: sou preto, filho de mulher preta e tataraneto de escravizado do quilombo de Monte Alegre. Passar por isso é triste, mas a minha sede por justiça e por ver esse criminoso preso é meu maior combustível, para que ninguém mais precise passar por isso.”

O caso está sendo investigado pela 7ª Delegacia Regional da Polícia Civil (DIPO) de Cachoeiro de Itapemirim, pelo Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília, e pela organização YSP Latin America, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), devido ao fato de a vítima ser um jovem embaixador brasileiro no combate à fome.

A Polícia Civil continua em busca do suspeito, que possui endereços no distrito de Conduru, em Cachoeiro, e nos municípios de Guarapari e Castelo.

Um vídeo publicado por Luan Herrera nas redes sociais, no qual denuncia o crime, já ultrapassa meio milhão de visualizações. O caso vem ganhando ampla repercussão e conta com manifestações de apoio de autoridades políticas, artistas e personalidades de todo o país.

Histórico de crimes

De acordo com a vítima, Leandro Gava Barros já possui diversas ocorrências policiais, incluindo gestos obscenos em público contra idosos, tentativas de invasão de propriedade e acusações de tentativa de estupro de menores, que seguem sob investigação.

Veja o Boletim de Ocorrência

Para ver a versão do boletim em PDF, clique aqui.

• A redação do Folha do ES está aberta para receber qualquer manifestação ou contestação por parte do envolvido.