Um vereador da Serra foi preso na madrugada desta segunda-feira após invadir uma residência no bairro Alterosas, ameaçar familiares da ex-namorada, tentar agredir o atual companheiro dela e resistir à ação da Polícia Militar. A ocorrência mobilizou várias guarnições e terminou com uso de arma de incapacitação elétrica para conter o acusado.
Segundo o Boletim Unificado da Secretaria de Segurança Pública, a PM foi acionada por volta das 3h44 após denúncia de invasão de domicílio e violência contra mulher. No local, familiares relataram que o vereador Marlon Fred Oliveira Matos, de 41 anos, não aceitava o fim do relacionamento e escalou o muro da casa, alcançou o segundo piso e passou a gritar ameaças.
Ainda conforme o registro, o vereador tentou agredir o atual namorado da ex-companheira, Gustavo Ferreira da Costa, desferindo socos e chutes. Houve luta corporal, que resultou em escoriações no agressor. Assustada, a família autorizou a entrada dos policiais na residência e pediu que o acusado fosse retirado do local.
Dentro do imóvel, o vereador se recusou a sair, passou a intimidar os familiares e voltou a ameaçar. Diante da invasão de domicílio e da violência psicológica contra a mulher, os policiais deram voz de prisão. O acusado reagiu, ameaçou os militares e partiu para agressão física contra a equipe, atingindo um policial no rosto.
A resistência durou cerca de cinco minutos. Para conter o vereador, a PM utilizou um taser em modo de contato direto. Após ser algemado, ele continuou proferindo ameaças, afirmando que usaria influência e dinheiro para “acabar com a vida” dos policiais envolvidos na ocorrência.
Buscas foram realizadas na residência e no veículo do vereador, um Range Rover Evoque, diante da informação de que ele costumava portar arma de fogo. Nenhuma arma foi localizada. O acusado apresentava inchaços e escoriações, mas recusou atendimento médico. Um policial ferido precisou de avaliação em unidade de saúde.
O boletim aponta ainda que familiares vivem sob constante coação e medo, com relatos de ameaças recorrentes. Uma das irmãs chegou a considerar mudar de estado para fugir da situação. O caso foi comunicado ao comando da Polícia Militar e ao secretário de Segurança Pública devido ao envolvimento de uma autoridade pública.
O vereador foi conduzido à 3ª Delegacia Regional da Serra, onde o caso ficou à disposição da autoridade policial para as providências legais. A ocorrência teve parte da ação registrada em vídeo, que será anexado ao inquérito.
O vereador ainda pode ser cassado por quebra de decoro parlamentar
CIQUE AQUI E LEIA O BOLETIM DE OCORRÊNCIA
