O vereador da Serra Marlon Fred Oliveira Matos (PDT) foi detido pela Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (15), após uma ocorrência registrada no bairro Alterosas, na Serra, envolvendo invasão de domicílio, agressões e resistência à ação policial. No momento da publicação desta reportagem, o parlamentar permanecia detido na 3ª Delegacia Regional da Serra, e a ocorrência seguia em andamento. O edil tem outras passagens por agressão e dirigir sob efeito de álcool – sem qualquer condenação.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a PMES foi acionada durante a madrugada para averiguar uma denúncia de invasão de residência. A solicitação partiu da ex-namorada do vereador. Conforme o boletim unificado, Marlon Fred invadiu o imóvel, proferiu ameaças contra familiares e entrou em luta corporal com o atual companheiro da ex-namorada.
A polícia foi chamada ao local e teve a entrada autorizada na residência. Segundo a Sesp, durante a abordagem, o vereador “apresentou resistência ativa, desobedeceu a ordens legais, e ameaçou e agrediu policiais militares, sendo necessário o uso progressivo e proporcional da força”. Ainda de acordo com a secretaria, um policial militar sofreu lesão durante a ação e precisou de atendimento médico. Foram lavrados autos de resistência.
Após a intervenção, o parlamentar foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castelândia, mas recusou atendimento médico. Em seguida, foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais. O vereador Agente GCM Dias (Republicanos) compareceu à delegacia, a pedido do presidente da Câmara da Serra, William Miranda (União).
O boletim de ocorrência detalha que, durante o encaminhamento do policial ferido para avaliação médica, o vereador teria continuado a apresentar comportamento agressivo. “Tendo em vista a necessidade de avaliação do policial […], pois seu olho esquerdo estava muito inchado em decorrência da agressão sofrida, já o acusado, mesmo tendo sido ofertado atendimento médico, negou-se a ser examinado”, registra o documento.
Ainda segundo o boletim, no momento em que foi retirado do compartimento de segurança da viatura, o vereador teria feito ameaças aos militares. “Ele passou a proferir ameaças aos militares, dizendo que gastaria até um milhão de reais para tirar os militares da polícia, que movimentaria toda a sua influência para acabar com a vida dos militares”, aponta o registro, que também relata que o vereador gritou pedindo que sua namorada ligasse para “Geraldo”, em referência a um policial civil conhecido como Geraldinho PC.
Por se tratar de uma autoridade política, o andamento da ocorrência foi comunicado ao secretário de Estado da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, e ao comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus.
FONTE: ES HOJE
