
O calor do verão eleva o risco de desidratação em idosos e pode provocar confusão mental, queda de pressão e agravamento de doenças crônicas. O alerta é de especialistas diante das temperaturas mais altas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
A estação convida ao lazer, mas exige atenção redobrada com a saúde da população idosa. Hidratação adequada, alimentação leve, proteção solar e cuidados com a rotina de medicamentos são medidas essenciais para atravessar o período com segurança.
Segundo a geriatra Fernanda Sperandio, da MedSênior, a ingestão de líquidos deve ser constante. “Com o aumento das temperaturas, o risco de desidratação cresce, e os idosos são particularmente vulneráveis, pois a sensação de sede pode ser menos perceptível. É importante ter atenção à ingestão de líquidos. A desidratação nos idosos podem ter sintomas peculiares, gerando até confusão mental”, afirma.
A orientação é não esperar sentir sede. Água deve ser consumida ao longo do dia, em pequenos goles. Também valem sucos naturais sem açúcar, água de coco e chás gelados.
Bebidas diuréticas devem ser evitadas. Café e álcool aumentam a perda de líquidos. Boca seca, sonolência excessiva, pouca urina e urina escura são sinais de alerta. Em caso de sintomas mais intensos, a recomendação é buscar atendimento médico.
Atenção especial aos pés de diabéticos
Para idosos com diabetes, os cuidados com os pés no verão são ainda mais importantes. O risco de queimaduras e ferimentos aumenta na praia e na piscina.
A recomendação é não andar descalço na areia quente, no chão ou sobre pedras e conchas, mesmo por pouco tempo. A redução da sensibilidade, comum em casos de neuropatia, pode fazer com que lesões passem despercebidas.
Após sair da água, os pés devem ser bem secos, principalmente entre os dedos, para evitar fungos e bactérias. A inspeção diária ajuda a identificar bolhas, cortes, vermelhidão ou inchaço. Qualquer alteração deve ser avaliada por um profissional de saúde.
Alimentação leve ajuda o organismo
No calor, o corpo gasta mais energia para manter a temperatura. Por isso, a alimentação deve ser leve e fracionada.
Frutas e vegetais ricos em água, como melancia, melão, morango, pepino e folhas verdes, contribuem para a hidratação e o bom funcionamento intestinal. Refeições menores e mais frequentes reduzem o esforço digestivo.
Alimentos ricos em sódio e gordura devem ser evitados, pois favorecem inchaço e retenção de líquidos.
Sol exige cautela
A exposição direta e prolongada ao sol aumenta o risco de insolação, exaustão pelo calor, queimaduras e câncer de pele. Atividades ao ar livre devem ser feitas antes das 10h e após as 16h.
Roupas leves, claras e folgadas ajudam na transpiração. O uso de protetor solar com fator alto, chapéu de abas largas e óculos de sol é indicado mesmo em dias nublados.
Em casa, manter os ambientes ventilados e usar ventiladores ou ar-condicionado ajuda a reduzir os efeitos do calor e garante mais conforto durante o verão.
FONTE: ES 360
