
O comércio de Cachoeiro de Itapemirim projeta um Natal de recuperação moderada, embalado pela injeção do 13º salário, maior volume de contratações temporárias e o apelo de setores tradicionais como moda, calçados e brinquedos. Apesar do otimismo, o crescimento esperado é discreto, na casa dos 3% a 5% em relação a 2024, acompanhando a média estadual.
O motor das vendas
Cachoeiro, por ser polo regional, atrai consumidores de municípios vizinhos, o que amplia o peso do período natalino. As expectativas mais altas recaem sobre os segmentos de roupas, brinquedos, eletrônicos e perfumaria. Promoções antecipadas e campanhas de fidelização estão sendo usadas como estratégia para aquecer o comércio.
Desafios para o consumo
O otimismo, no entanto, não elimina os obstáculos. O endividamento das famílias ainda restringe parte dos consumidores, que buscam alternativas mais baratas e parcelamentos longos. Além disso, o avanço do e-commerce continua a disputar espaço com as lojas físicas, mesmo em cidades médias como Cachoeiro.
A inflação acumulada em setores essenciais, como alimentos e energia, também reduz a margem para gastos com presentes.
A aposta do lojista
De acordo com líderes do setor, o segredo está em unir preço competitivo com experiência de compra. As ruas comerciais e shoppings da cidade devem investir em decoração natalina, música ao vivo, sorteios e eventos para atrair o público. A tendência das compras híbridas — pesquisa online e compra na loja — deve marcar este fim de ano.
Evolução das vendas
Entre 2018 e 2025, o comércio natalino de Cachoeiro oscilou bastante. Houve retração em 2020, com a pandemia, seguida de forte recuperação em 2021. Nos últimos anos, o desempenho tem sido positivo, embora moderado. A projeção para 2025 é de crescimento entre 3% e 5%, confirmando a retomada gradual do setor.
