Com mais de 100 mil pessoas impactadas e 200 apresentações no currículo, a Academia Jovem Concertante (AJC) inicia sua 27ª edição em agosto, passando por cidades litorâneas e Vitória está na rota. O projeto, reconhecido nacionalmente pela qualificação de jovens músicos, desembarca em Vitória no dia 24 de agosto, em apresentação única e gratuita no palco do Sesc Glória, no Centro de Vitória, a partir das 18h.

Nesta edição, 25 jovens entre 18 e 33 anos, de todas as regiões do país, foram selecionados para interpretarem um repertório que mescla obras de Villa-Lobos, Monique Aragão, Hércules Gomes, J.S. Bach, Mozart e Ernani Aguiar, sob a regência do maestro Marcos Arakaki e solo da pianista Simone Leitão.

Com mais de uma década de trajetória, a iniciativa, funciona como um laboratório de excelência na formação de instrumentistas e tem como missão democratizar o acesso à música clássica no Brasil. Desde a sua criação, o projeto já impactou um público superior a 100 mil pessoas, com mais de 200 concertos realizados.

A etapa “Litoral” da AJC passará por outras cinco cidades entre os dias 17 e 29 de agosto, incluindo Rio de Janeiro, Mangaratiba e Itaguaí. Todas as apresentações são viabilizadas pela Lei Rouanet, com e do Instituto Cultural Vale.

Sobre o projeto

Idealizada pela renomada pianista mineira Simone Leitão, a Academia Jovem Concertante busca preencher a lacuna entre a formação clássica e a profissão de músico de orquestra, tornando o projeto um celeiro de jovens artistas promissores. A Orquestra-Academia já recebeu mais de 1000 músicos e funciona como um laboratório de treinamento de alta performance da música sinfônica, lapidando o talento destes jovens para que possam integrar importantes Orquestras no Brasil e no mundo.

Ao longo dos 13 anos, a Academia Jovem Concertante já formou jovens artistas que hoje têm uma história de sucesso. Um dos grandes nomes que passaram pela AJC é o violinista Thierry de Lucas Neves, nascido em Goiânia, que foi Spalla na Concertante. Aos 21 anos, ele foi selecionado para fazer parte de uma das melhores escolas de música do mundo, a Manhattan School of Music, em Nova York, onde vive desde 2017. Hoje, Thierry está brilhando na Sphinx Symphony Orchestra e se tornou uma inspiração para jovens músicos. Conterrânea de Thierry, a violinista Michelle Guedes Lisboa, de 19 anos, de Jaraguá, no interior de Goiás, é uma das participantes desta edição da Concertante e sonha em trilhar os caminhos do artista. Nesta edição, foram selecionados 25 jovens, entre 18 e 33 anos, de norte a sul do país.

“É uma experiência rica, pois estes jovens vão amadurecendo profissionalmente e trocando experiências. Os participantes também contam com todo o suporte técnico para que estejam preparados para encarar novos desafios profissionais. Muitas vezes é o pontapé que faltava para suas carreiras avançarem. Vemos ex-alunos nossos que hoje estão empregados em grandes orquestras do Brasil e também no exterior”, comenta a pianista, Simone Leitão.

As apresentações também são uma oportunidade para estes artistas ganharem visibilidade. Mais de 100 mil pessoas já assistiram a mais de 200 concertos da Academia Jovem Concertante, que já se apresentou em diversos estados do Brasil. Os músicos recebem bolsas para participarem da imersão e pelas apresentações. Todas as despesas são pagas pelo projeto.

Uma das estratégias da Academia Jovem Concertante (AJC) é levar a música clássica a diferentes regiões do Brasil e a populações carentes ou distantes das capitais. Para isso, a turnê se apresenta tanto em equipamentos culturais renomados presentes nas capitais como também se apresenta em pequenas cidades do interior, que estão fora do circuito sinfônico. Todos os anos, o projeto percorre pelo menos três regiões do país, com o intuito de ampliar e democratizar a música clássica em diferentes regiões do país.

Paralelamente, o grupo também realiza os “Concertos Didáticos”, que são apresentações exclusivas aos estudantes das redes públicas de Ensino. “O objetivo é mostrar aos jovens da periferia e do interior do país como a música clássica pode ser apaixonante. Nestas apresentações didáticas, os músicos também contam a sua trajetória, como chegaram até ali, inspirando as crianças, e mostrando que elas também podem seguir a carreira de músico de orquestra”, explica Simone Leitão.

Outras informações:

A Academia Jovem Concertante é uma das iniciativas da Brasil Classical, criada em 2009 pela pianista Simone Leitão com o objetivo de incentivar e apoiar atividades musicais independentes e a realização de recitais e concertos. A AJC é realizada por meio da Lei Rouanet, do Governo Federal, e patrocínio da Brava Energia para Natal, Mossoró e Rio de Janeiro, e Instituto Cultural Vale apresenta Vitória, Mangaratiba e Itaguaí.