O senador Magno Malta (PL) voltou a protagonizar um episódio de desgaste político dentro do próprio partido. A mais recente vítima seria o deputado estadual Wellington Callegari, também do PL, que recebeu aval interno para viabilizar sua pré-candidatura ao Senado, mas viu seu projeto esbarrar em um obstáculo familiar: a intenção de Magno em lançar sua filha, Magda Malta, conhecida como “Maguinha”, para a mesma disputa.

Nos bastidores, o clima é de desconforto. Callegari tem adotado postura tolerante, mas não esconde o incômodo. A movimentação em torno da candidatura de Maguinha tem sido acompanhada de perto pelo pai, que articula diretamente sua ascensão política, o que, para aliados, dificulta o diálogo e o fortalecimento do grupo.

Diante do cenário, Callegari já avalia deixar o PL e buscar abrigo em outra legenda mais alinhada à sua linha ideológica. O Partido Novo surge como uma das opções mais viáveis. Internamente, também se cogita que ele possa redirecionar sua pré-candidatura ao cargo de deputado federal ( seu projeto inicial) ou ainda disputar a reeleição para a Assembleia Legislativa.

A situação evidencia mais uma vez as dificuldades de Magno Malta em construir alianças duradouras dentro do partido. “Por onde passa, não nasce capim”, diz um interlocutor, relembrando episódios semelhantes enfrentados por outros aliados, como Carlos Manato, que também rompeu com o senador após disputas internas.

O impasse fragiliza a unidade do PL no Espírito Santo e deve provocar novas movimentações até o fim do prazo de filiações e definições partidárias.