Taxa de desemprego sobe para 7%, mas é a menor da história para o 1º trimestre

Em março, 7,7 milhões de brasileiros estavam desempregados, uma queda de 10,5% sobre o mesmo mês do ano passado

Empréstimo consignado do setor privado pode ser feito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação) -

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em março foi de 7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de o resultado ser 0,8 ponto percentual maior que os 6,2% registrados no trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro de 2024), trata-se do melhor desempenho para um trimestre encerrado em março desde o início da série histórica do IBGE em 2012. No mesmo período do ano passado, a desocupação era de 7,9%.

A população desocupada cresceu 13% no trimestre findo em março, totalizando 7,7 milhões de pessoas. Isso correspondeu a um acréscimo de 891 000 indivíduos no período, em relação a dezembro. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, contudo, houve recuo de 909 000 pessoas, equivalente a uma queda de 10,5%.

Já a população ocupada, isto é, que exercia alguma atividade geradora de renda no período, encerrou o mês passado em 102,5 milhões de brasileiros. O volume é 1,3% menor que o de dezembro e corresponde a uma redução de 1,3 milhão de pessoas. Quando se considera o primeiro trimestre de 2024, porém, o desempenho é positivo: um crescimento de 2,3 milhões de indivíduos, ou 2,3%.

A taxa de subocupação, que indica o percentual de pessoas que trabalham menos horas do que gostariam, fechou março em 15,9%, com acréscimo de 0,7 ponto percentual sobre dezembro, mas queda de 2 pontos percentuais na comparação com março do ano passado.

Outro indício de que o mercado de trabalho segue aquecido é a melhora do rendimento real habitual, isto é, o quanto cada pessoa ocupada recebe corriqueiramente por sua atividade. Em março, na média, cada indivíduo recebia 3 410 reais por mês. A cifra é 1,2% maior que a percebida em dezembro (3 371 reais) e 4% superior à de março de 2024 (3 279 reais).

Isso permitiu que a massa de rendimento real, em março, totalizasse 345 bilhões de reais. Segundo o IBGE, o montante permaneceu estável em relação a dezembro, mas cresceu 6,6% sobre um ano atrás. A taxa de informalidade também melhorou, ao terminar março em 38%, ante 38,6% em dezembro e 38,9% no mesmo mês do ano passado.

FONTE: VEJA