Um homem foi preso, na manhã desta terça-feira (27), suspeito de ter envenenado uma idosa de 65 anos, em Soído de Cima, Domingos Martins. A prisão ocorreu na residência do investigado, localizada no distrito de Alto Marechal, em Marechal Floriano. A ação foi conduzida por equipes das delegacias de ambas as cidades, sob o comando do delegado Luciano Carlos Paulino de Oliveira.

De acordo com a Polícia Civil, Zenilda Fernandes, passou mal após ingerir um caldo de cana e um lanche que teriam sido entregues a ela pelo suspeito. A mulher chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu. A causa da morte foi confirmada como envenenamento. A Polícia Civil investiga a informação de um envolvimento amoroso entre a vítima e o acusado.

Segundo informações da Polícia, a filha da vítima desconfiou do conteúdo do caldo de cana após notar um pó branco no fundo da garrafa e acionou a polícia. A Polícia Militar foi até o local e apreendeu os alimentos que ainda restavam, entregando o material à Polícia Civil.
Os itens foram encaminhados à perícia, que apontou a presença de carbofurano, um pesticida altamente tóxico e proibido no Brasil pela Anvisa devido aos riscos à saúde humana. Assista abaixo a um vídeo em que o delegado explica sobre o caso.

Além do laudo pericial, um exame mais detalhado da garrafa revelou um pequeno furo na tampa, indicando que o líquido pode ter sido contaminado intencionalmente. Imagens de câmeras de videomonitoramento reforçaram a suspeita ao mostrarem o homem comprando o caldo de cana em uma feira na sede de Marechal Floriano e levando os alimentos até a casa da vítima.

Segundo as investigações, o suspeito teria injetado o veneno na garrafa após a compra, utilizando o pequeno orifício. Com base nos indícios reunidos, o delegado representou à Justiça pela prisão preventiva do suspeito, que foi acatada.

Durante depoimento na delegacia, o homem negou envolvimento no crime. Após os procedimentos legais, ele foi encaminhado ao presídio de Viana, onde permanecerá à disposição da Justiça. O delegado destacou a agilidade da investigação, que em apenas 17 dias resultou na identificação e prisão do suspeito. As motivações do crime continuam sendo investigadas.