
O uso das tradicionais três listras da marca Adidas tem se tornado motivo de alerta e preocupação em algumas regiões do país. Globalmente reconhecido como um símbolo esportivo, a marca passou a ser associado a facções criminosas em cidades como Salvador e Rio de Janeiro, gerando medo e até ameaças a moradores e comerciantes.
O problema reside na interpretação do símbolo como um código de pertencimento a grupos rivais, transformando a simples escolha de uma peça de vestuário em uma possível provocação em áreas conflagradas.
Em Salvador, o símbolo das três listras, apelidado de ‘três’, teria sido associado ao Bonde de Maluco (BDM). Em contrapartida, reportagens locais indicam que em áreas de influência do Comando Vermelho (CV), que estaria ligado ao número “dois”, moradores relataram ter sido advertidos por usarem roupas da marca alemã.
Um comerciante contou ao portal Correio que foi abordado na Rua Pará, na última semana, por usar uma camisa da marca: “Ele disse: ‘aí é três e aqui nós somos dois. Cuidado’. Troquei e voltei a trabalhar. Me senti ameaçado”, relatou.
Situação parecida ocorre no Rio de Janeiro, onde a marca Adidas é associada ao Terceiro Comando Puro (TCP). Em regiões dominadas por facções rivais, a presença de uma camiseta, boné ou tênis com as três listras pode ser vista como um sinal de ligação a um grupo inimigo.
Embora não haja proibição oficial do uso da marca pelas autoridades, o contexto de violência e a associação simbólica levaram órgãos de segurança a emitirem um alerta preventivo.
A recomendação para a população é evitar o uso da marca em áreas de risco ou regiões de alta influência dessas facções, a fim de não ser confundido com integrantes de grupos criminosos e garantir a segurança pessoal.
FONTE: D 24 HORAS