
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, nesta quinta-feira (6), o segundo caso de dengue tipo 3 no Espírito Santo. O paciente é um homem de Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana. Esse subtipo do vírus, que circulava pouco no Brasil nos últimos anos, preocupa as autoridades pela maior chance de complicações graves.
O primeiro caso no Estado foi registrado em fevereiro, em uma jovem de 19 anos, moradora de Vitória. O secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, explicou em entrevista à CBN Vitória que a ausência de circulação desse subtipo por cerca de 10 anos aumentou a vulnerabilidade da população. “Sem imunidade natural ou vacinal para o tipo 3, as pessoas estão mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença”, alertou.
Hoffmann destacou que a chegada desse sorotipo ao Espírito Santo já era esperada, pois havia casos confirmados na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, estados vizinhos.
Aumento de casos e sintomas
Até agora, o Espírito Santo registrou 44.133 notificações de dengue em 2025, com 9.207 casos confirmados. Nove mortes suspeitas estão em investigação. Os municípios mais afetados são Serra (2.425 casos), Vitória (1.740) e Vila Velha (1.152).
Os sintomas da dengue tipo 3 são semelhantes aos dos demais subtipos, incluindo febre persistente, dores no corpo e atrás dos olhos, além de manchas vermelhas na pele. Diante de qualquer sinal da doença, a recomendação é procurar atendimento médico e realizar o exame de sangue para confirmar o diagnóstico.
Prevenção e expectativa para o pico da doença
A Sesa reforça que a hidratação é essencial para evitar complicações e alerta que o pico de casos pode ocorrer entre o fim de março e o início de abril. Segundo Hoffmann, 75% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão em quintais de residências. Ele pede que a população intensifique os cuidados, eliminando recipientes com água parada e mantendo os ambientes limpos para reduzir os focos de proliferação do mosquito.
FONTE: ESPÍRITO SANTO NOTÍCIAS