Recém-nascido sofre queimadura grave no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra-ES

Família afirma que enfermeira usou algodão aquecido em meia do recém-nascido, causando queimadura que levou o bebê à UTIN.

Um caso de suposto erro em procedimento realizado por profissionais de saúde gerou revolta e preocupação no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, Região Metropolitana da Grande Vitória. A denúncia partiu de uma mãe que, no último dia 18 de agosto, foi internada na unidade para indução do parto por causa de uma gravidez de risco devido à hipertensão arterial.

No dia seguinte, 19/08, às 6h, nasceu o pequeno José, saudável, após parto normal. Poucas horas depois, no entanto, a família viveu um episódio traumático.

Segundo relato da mãe, o bebê foi levado ao berço aquecido porque sua temperatura corporal estava em 36,2°C, ligeiramente abaixo do ideal de 36,5°C. A avó materna acompanhou a criança no local, enquanto a mãe descansava após o parto.

Ainda conforme a denúncia, uma enfermeira teria utilizado um algodão aquecido em uma lâmina incandescente e colocado o material dentro da meia do bebê, que já vestia um macacão. Logo após o contato, José começou a chorar intensamente. Os profissionais alegaram que seria fome, colocando o dedo com luva em sua boca para acalmá-lo.

Entretanto, a avó percebeu um forte cheiro de queimado e notou alteração na cor do macacão. Ao retirar a roupa, constatou que o pé do recém-nascido estava queimado, assim como a meia e o tecido da vestimenta.

FONTE: INSTAGRAM DA MÃE @SARAPEISINOB

Graças à rápida percepção da familiar, os danos não foram ainda maiores. O bebê foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e, posteriormente, encaminhado ao Hospital Infantil, onde permanece internado. Segundo a mãe, ele deverá passar por cirurgia para avaliação da profundidade da queimadura e definição do tratamento adequado. A família lamenta o trauma causado.

“Meu filho nasceu bem e horas depois prejudicaram nossas vidas de uma forma terrível. Nós teríamos alta hoje, mas agora não sei quando vou trazer meu neném para casa”, desabafou a mãe, que ainda se recupera do parto.

Ela também destacou que o episódio trouxe impactos emocionais e físicos:

“Estou em resguardo, levei 20 pontos, mas não consigo descansar. Meu filho foi privado da amamentação exclusiva e passo as noites em claro por estar longe dele. São danos que nunca serão esquecidos”.

Até o momento, não houve posicionamento oficial do Hospital Jayme Santos Neves sobre o caso.

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