
Uma quadrilha especializada em furto qualificado a instituições financeiras foi desarticulada após uma investigação que teve início em fevereiro deste ano, no Espírito Santo. O grupo, formado por criminosos com atuação interestadual, é responsável por ao menos sete crimes consumados em bancos nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.
Os suspeitos foram presos em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, em uma operação que ocorreu no último dia 15 de maio, durante a “Operação Serra Sede”. De acordo com o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, esse tipo de crime financia outras ações criminosas. “Quando um crime como esse acontece, ele acaba acarretando outros, como compra de armas, homicídios e tráfico de drogas”, ressaltou.
Os suspeitos foram identificados como:
– Ricardo Moreira Gomes, 34 anos
– Leonardo Costa de Souza, 39 anos
– Maikon Ferraz Gonçalves, 35 anos
– Rondinelli Batista Antônio
– Paulo Cezar Teotonio da Silva, 39 anos
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, destacou que o grupo já realizou pelo menos sete crimes a bancos, com um prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Segundo o delegado, todos os integrantes da quadrilha são de fora do estado e já possuem passagens por furto qualificado em instituições financeiras.
Eles atuavam de forma altamente organizada, com divisão de tarefas, logística estruturada e uso de carros alugados para dificultar o rastreamento. O delegado Gabriel Monteiro explicou que:
– Ricardo era o líder do grupo, responsável pela logística e acionamento dos outros integrantes
– Paulo era o especialista em arrombamento de portas e corte de cofres
– Maikon e Leonardo auxiliavam na retirada do dinheiro de dentro dos bancos
– Rondinelli fazia o monitoramento de segurança e de possíveis ações policiais

A investigação teve início após um crime em que os criminosos invadiram uma agência do Sicoob, na Serra, utilizando o método de arrombamento de obstáculos, em fevereiro. O delegado Gabriel Monteiro destacou que o grupo praticava o crime principalmente em finais de semana e feriados.
Após o crime, o grupo utilizava de dois a três veículos para fugir do local, e cada integrante retornava ao seu estado de origem. O delegado esclareceu que com o uso de ferramentas de inteligência e análise de videomonitoramento, a polícia identificou o hotel onde os suspeitos ficaram hospedados quando cometeram o crime no estado.
A mãe do líder da quadrilha é investigada por lavagem de dinheiro e pode responder por participação nos crimes. Os cinco integrantes responderão por:
– Furto qualificado mediante rompimento de obstáculo e concurso de pessoas
– Organização criminosa
– Lavagem de dinheiro
O delegado Gabriel Monteiro ressaltou que o combate a esse tipo de crime é essencial porque o dinheiro roubado em bancos frequentemente é reinvestido em outras práticas criminosas, como o tráfico de drogas e a aquisição de armamentos.
FONTE: ESTHEFANY MESQUITA – ES HOJE