
Um passo significativo na preservação da biodiversidade será dado neste sábado, 21 de junho, com o lançamento oficial de um projeto ambiental inédito voltado à proteção e ao repovoamento do jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) no Espírito Santo. A iniciativa nasce a partir de um Acordo de Cooperação Técnica envolvendo instituições públicas e privadas e propõe um modelo pioneiro de conservação ambiental e educação com duração de até 10 anos.
O programa será coordenado pelo Instituto Marcos Daniel (IMD), em parceria com a ArcelorMittal Unidade de Tubarão e órgãos como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES). A população de jacarés que vive no cinturão verde da Unidade, no município de Serra, será a base do repovoamento da espécie no Estado, por se tratar da mais numerosa e saudável em território capixaba.
O projeto prevê a coleta de ovos das lagoas da ArcelorMittal e sua transferência para uma incubadora no Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. Ali, os filhotes permanecerão até completar um ano de idade, quando serão devolvidos ao meio ambiente como parte de um plano de reintrodução e monitoramento.
Símbolo da Mata Atlântica e classificado como “Em perigo” na Lista Estadual de Espécies Ameaçadas de Extinção, o jacaré-de-papo-amarelo tem papel essencial no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e terrestres. A iniciativa visa restaurar populações em áreas estratégicas do estado e servir de modelo replicável de conservação integrada.
Além da soltura dos filhotes, o projeto contempla ações de educação ambiental, formação de pesquisadores, envolvimento da sociedade e avaliação contínua dos impactos, como aumento populacional da espécie e queda na mortalidade. As atividades também contribuem para seis dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, incluindo educação de qualidade, ação climática e preservação da vida terrestre e aquática.
“Estar à frente de um projeto como esse é motivo de grande satisfação para a ArcelorMittal. Temos a sustentabilidade como um valor essencial da nossa atuação e acreditamos que a proteção da biodiversidade é parte do nosso papel como empresa cidadã. Ao colaborar com instituições científicas e órgãos públicos, mostramos que é possível conciliar desenvolvimento industrial com conservação ambiental. Este projeto é a prova de que, juntos, podemos gerar impactos positivos duradouros para o meio ambiente e para as futuras gerações”, afirma o gerente Geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da empresa, Bernardo Enne.