Professora aposentada atropelada em Alfredo Chaves morre após oito dias internada

Maristela Fonseca, de 80 anos, foi atingida ao atravessar a Avenida Getúlio Vargas; Polícia Civil investiga o caso

A cidade de Alfredo Chaves está em luto pela morte da professora aposentada Maristela Fonseca Barbosa, de 80 anos. Ela foi atropelada no dia 6 de setembro, no Centro do município, e faleceu oito dias depois, no domingo (14), na Santa Casa de Misericórdia, em Cachoeiro de Itapemirim. O sepultamento ocorreu nessa segunda-feira (15), no cemitério local, em meio a forte comoção de familiares, amigos e ex-alunos.

O acidente foi registrado por uma câmera de segurança instalada na Avenida Getúlio Vargas. O vídeo mostra o momento em que Maristela começa a atravessar a via e, em poucos segundos, é atingida por um carro branco que surge de uma rua transversal. A motorista desceu do veículo para prestar socorro, com o apoio de testemunhas que estavam no local.

A professora foi atendida inicialmente no Pronto Atendimento de Alfredo Chaves e, diante da gravidade, transferida para a Santa Casa de Cachoeiro, onde permaneceu internada até não resistir às complicações.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Alfredo Chaves investiga as circunstâncias do atropelamento. A condutora do veículo, moradora da cidade, foi intimada a prestar depoimento nessa segunda-feira (15). O inquérito vai apurar eventuais responsabilidades no caso.

Conhecida pela atuação na educação e pela rotina simples no município, Maristela era presença constante no centro da cidade, onde diariamente comprava jornais. O radialista Pedro Lorencini, que convivia com ela há anos, descreveu em depoimento a importância da professora para a comunidade:

“Pessoa que deixou o seu legado, tanto na área da educação quanto na vida familiar. Sempre humilde, dedicada, atenciosa com a filha e a netinha que amava muito. Era uma leitora cativa, todos os dias passava aqui na banca para comprar jornais e conversar.”

Ele também lembrou que a professora tinha forte ligação com a história da cidade:

“Desde muito antes de eu morar em Alfredo Chaves, ela já comprava jornais aqui, acompanhava as notícias e sempre perguntava pelas pessoas. Uma pessoa simples, guerreira e de família. Com certeza deixou um legado e uma história de simplicidade e humildade.”

A morte de Maristela gerou comoção em Alfredo Chaves, especialmente entre colegas da educação, ex-alunos e familiares. Moradores sugerem que uma homenagem oficial seja feita na Câmara Municipal em reconhecimento à contribuição dela como professora e cidadã.

FONTE: ESPIRITO SANTO NOTICIAS