
A pré-candidatura do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ao Governo do Espírito Santo já não empolga o mercado político. O entusiasmo inicial, visto no início do ano, deu lugar a uma jornada solitária e sem rumo.
O prefeito tem aparecido em agendas pontuais, quase sempre acompanhado do ex-deputado estadual Érick Musso, seu correligionário, mas sem a presença da vice-prefeita Cris Samaroni, afastada desde o episódio da “balada do Calcinha Preta”, há cerca de dois meses.
Nas redes sociais, Pazolini surge sorridente em pequenas entregas e inaugurações, mas a imagem não traduz força política. Não há vereadores ao seu lado, tampouco lideranças regionais ou caciques de peso. Sua pré-candidatura perdeu tração, e o cenário é de isolamento e falta de vigor.
O deputado federal Evair de Melo (PP), que figurava como aliado de primeira hora, sumiu das fotos e das agendas conjuntas. Sem estratégia clara e com uma base restrita à capital, o prefeito enfrenta uma depressão eleitoral, longe do entusiasmo de quando aparecia nas pesquisas com menos de 10%.
Em abril, Pazolini terá de se desincompatibilizar do cargo para disputar o Governo, ficando sem o controle da máquina municipal, o que pode representar um golpe definitivo em sua caminhada.
A candidatura que começou com brilho e expectativa, hoje, parece um projeto sem alma e sem direção política, limitado ao território de Vitória e com pouca ressonância no interior capixaba.