
Um policial civil do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc) do Espírito Santo foi preso na manhã desta quinta-feira (7) durante uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado. Ele e outros dois agentes são investigados por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e desvio de materiais apreendidos em ações oficiais.
A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento dos três policiais das funções públicas. As ações ocorreram em Vitória, Vila Velha e Serra.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início após a prisão de um dos principais líderes do tráfico na Ilha do Príncipe, em Vitória, em 2024. Durante as apurações, surgiram indícios de que o criminoso mantinha contato recorrente com os policiais. Com isso, a PF passou a monitorar comunicações e movimentações suspeitas.
Além disso, os investigadores apontam que parte das drogas apreendidas em operações do Denarc pode ter sido desviada antes de ser registrada em boletins de ocorrência. Segundo a apuração, o material era repassado a uma organização criminosa que atuava na região.
Operação “Turquia”
A operação foi batizada de “Turquia”, referência ao apelido “Turco”, usado pelo líder do tráfico para se dirigir a um dos policiais investigados. As conversas interceptadas indicaram proximidade entre o agente e o traficante. Por isso, segundo a PF, o nome simboliza a ligação entre o servidor público e o grupo criminoso.
Por outro lado, os investigadores reforçam que o foco da operação é identificar a extensão da participação dos agentes. Ainda não há confirmação oficial sobre o período em que os desvios teriam acontecido.
Posicionamento da Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria Geral apoiou a operação e que o policial preso foi encaminhado ao presídio específico para agentes civis, o Alfa 10. “A PCES reforça que não compactua com qualquer prática ilícita e que todas as condutas de seus integrantes serão rigorosamente apuradas. A Corregedoria Geral instaurará os devidos procedimentos administrativos internos para verificar eventuais responsabilidades disciplinares dos servidores envolvidos”, disparou a Polícia Civil.
Além disso, a Polícia Civil afirmou que seguirá colaborando com a investigação até a conclusão do caso.
FONTE: ES 360