Os policiais envolvidos na morte de Danilo Lipaus Matos, de 20 anos, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, foram afastados pela Corregedoria da Polícia Militar. O jovem foi atingido por disparos durante uma abordagem policial na madrugada do último sábado (1º). A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) anunciou que a investigação será conduzida pelas Polícias Civil e Científica, com o acompanhamento do Ministério Público.
De acordo com o boletim de ocorrência, Danilo foi morto a tiros após não obedecer à ordem de parada dos policiais. A versão registrada pelos militares aponta que eles receberam, via rádio, uma informação de que ocupantes de um Fiat Strada estariam envolvidos em um roubo de caminhonete e estariam armados.
Ainda conforme o relato, os policiais ouviram disparos na Rua Castelo Branco, próximo ao Sanear, e, ao avistarem o veículo de Danilo, acreditaram que ele fosse um dos suspeitos. A perseguição começou após o motorista desobedecer os sinais sonoros e luminosos da viatura.
Quando os policiais alcançaram o carro, desceram da viatura e efetuaram os disparos. O boletim alega que o motorista teria avançado com o carro em direção aos militares. Foram mais de 40 disparos, dos quais pelo menos cinco atingiram Danilo. O jovem, que havia aberto a porta do veículo, caiu no local e não resistiu aos ferimentos. O SAMU foi acionado, mas constatou o óbito.
Nas buscas no carro, nenhuma arma foi encontrada. O documento do veículo indicou que Danilo era o proprietário e não havia registros de furto ou roubo. O jovem também não possuía antecedentes criminais.
Família pede justiça pela morte de Danilo
A família de Danilo está revoltada com a morte e afirma que o jovem foi baleado sem chance de defesa. O pai de Danilo, Josenildo Monteiro Matos, pede justiça e esclarecimentos sobre o ocorrido. “Hoje, estou aqui, um pai indignado, pedindo ajuda a todos que têm poder para ajudar alguém que está sofrendo. Perdi meu filho de 20 anos, trabalhador, que ia começar a faculdade na segunda-feira e trabalhava dia e noite. Eles fizeram uma abordagem que, pelo que parece, não foi correta. Queremos explicações”, lamentou Josenildo.
Investigações
A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que, após o afastamento dos policiais, as investigações seguirão com rigor. O Ministério Público do Espírito Santo acompanha de perto o caso, garantindo transparência e justiça para todos os envolvidos.
FONTE: PORTAL SIM NOTÍCIAS