
A Polícia Civil investiga um caso de suspeita de abuso sexual contra uma criança de seis anos em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais. O caso foi registrado na última terça-feira (24), em uma unidade da Unimed no município, durante uma consulta médica. A informação é da repórter Gina Costa, da Rádio Carijós, afiliada da Itatiaia na cidade.
Segundo o relato da mãe, de 29 anos, ela levou o filho ao atendimento por causa de dor de garganta. No local, o médico de 34 anos chamou o paciente antes mesmo da abertura da ficha de atendimento. Questionado, ele afirmou que faria uma avaliação preliminar e que, caso necessário, a ficha seria aberta em seguida.
Durante a consulta, o profissional solicitou que a mãe se dirigisse à recepção para registrar o atendimento. A criança permaneceu sozinha com o médico no consultório. Ao retornar, a mãe estranhou ver o filho posicionado ao lado interno da mesa do médico, que justificou dizendo que a criança o estava ajudando a preencher a receita médica. Segundo ela, o menino recebeu de presente um carimbo e uma luva de procedimento inflada como balão.
Após a consulta, fora do estabelecimento, o menino relatou à mãe os supostos abusos ocorridos durante o tempo em que esteve sozinho com o médico. A mulher então procurou o profissional em outro local de trabalho e o confrontou. Ele negou as acusações. A polícia foi acionada e o médico foi conduzido à delegacia. A criança foi levada para atendimento em outro hospital, onde, de acordo com o relato médico, houve confirmação da suspeita de abuso com base no comportamento e no depoimento do menino.
Durante depoimento, o médico afirmou que realizou apenas exames clínicos compatíveis com a queixa de dor de garganta, como avaliação da garganta, pulmão e abdômen, e que a consulta teria ocorrido com a porta aberta. Inicialmente, ele também admitiu ter examinado o órgão genital da criança, alegando que essa seria uma conduta padrão em seus atendimentos. Diante da pergunta sobre a pertinência de tal exame considerando a queixa principal, ele manteve sua justificativa, mas continuou negando qualquer ato de cunho sexual.
O médico não foi preso. A Polícia Civil instaurou procedimento investigatório para apurar os fatos e ouvir testemunhas. O caso segue em investigação.
FONTE: ITATIAIA