PIB cresce nos 27 estados brasileiros em 2023 com destaque para o agronegócio e petróleo

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Todas as 27 unidades da federação registraram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional foi de 3,2%, com desempenho impulsionado principalmente pela Agropecuária e pelas Indústrias extrativas.

Os maiores crescimentos foram registrados no Acre, com alta de 14,7%, seguido por Mato Grosso do Sul, com 13,4%, e Mato Grosso, com 12,9%. Tocantins e Rio de Janeiro também se destacaram, com elevações de 7,9% e 5,7%, respectivamente. No Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins, o resultado foi fortemente influenciado pela produção de soja. No caso do Rio de Janeiro, o setor de petróleo e gás foi decisivo.

Apesar do resultado positivo em todo o território nacional, 13 estados tiveram desempenho inferior à média do país. Entre eles, Pará e São Paulo ficaram com apenas 1,4% de crescimento, enquanto Rio Grande do Sul e Rondônia registraram 1,3%. Problemas como seca na região Norte e queda no desempenho da indústria em São Paulo e no Rio Grande do Sul explicam parte do desempenho mais fraco.

Na análise regional, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento do PIB em 2023, com 7,6%. Norte e Sul também registraram avanços, enquanto o Sudeste perdeu participação, recuando 0,3 ponto percentual, mesmo mantendo a liderança com 53% da economia nacional. Nordeste e Centro-Oeste mantiveram suas fatias no PIB.

O levantamento aponta mudanças estruturais no cenário econômico ao longo dos últimos 21 anos. De 2002 a 2023, o Sudeste foi a única região a perder participação relativa no PIB nacional, com destaque para as quedas de São Paulo e Rio de Janeiro. Em sentido oposto, o Centro-Oeste ganhou importância, puxado novamente por Mato Grosso, que, sozinho, ampliou sua fatia em 1,2 ponto percentual.

No que diz respeito ao PIB per capita, o Distrito Federal se manteve na liderança com R$ 129.790,44, valor que é 2,4 vezes superior à média nacional registrada em 2023, de R$ 53.886,67. São Paulo aparece em segundo lugar, com R$ 77.566,27, seguido por Mato Grosso, com R$ 74.620,05. Já entre os estados do Norte, Rondônia foi o mais bem posicionado, ocupando a 10ª posição. No Nordeste, o Rio Grande do Norte esteve no topo regional, na 19ª colocação.

Os dados reforçam o fortalecimento das economias regionais baseadas no agronegócio e no setor de energia e evidenciam uma perda de protagonismo do Sudeste, especialmente de Rio de Janeiro e São Paulo, no cenário nacional.