A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (10/12), uma operação contra um esquema transnacional responsável por aliciar mulheres brasileiras por meio das redes sociais e explorá-las sexualmente em países da Ásia e da Europa. Até o momento, cerca de 100 vítimas foram identificadas.
Batizada de Rufiã, a ação tem como objetivo desarticular duas organizações criminosas envolvidas no recrutamento e envio das vítimas para o exterior. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Distrito Federal (DF) e em Goiás (GO), além do bloqueio de bens e valores que podem chegar a R$ 58 milhões. Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra as principais investigadas.
O esquema
Uma das líderes do grupo foi presa em Goiás. Segundo a PF, ela é apontada como responsável pela manutenção de redes transnacionais de exploração sexual, com atuação em países como Sérvia, Jordânia, Israel, Áustria, Croácia, Emirados Árabes Unidos e Montenegro.
As investigações apontam que as vítimas eram recrutadas por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, com promessas de altos ganhos e viagens financiadas. No exterior, elas eram submetidas a condições degradantes, jornadas exaustivas, retenção de documentos, ameaças, chantagem, coação e monitoramento constante por aplicativos de geolocalização.
A operação conta com cooperação internacional, por meio da Europol, e é realizada simultaneamente no Brasil e na Europa, com foco na coleta de provas e na responsabilização dos envolvidos.
A mulher presa poderá responder pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, redução à condição análoga à de escravo e organização criminosa.
FONTE: METROPOLES
