Papa Leão XIV proíbe músicas seculares em casamentos católicos

A nova norma busca preservar o sentido litúrgico e afastar excessos seculares

O Vaticano anunciou novas diretrizes para casamentos católicos, introduzidas pelo Papa Leão XIV, que limitam o uso de músicas seculares nas cerimônias. A partir de agora, apenas canções sacras e peças clássicas de caráter solene — como as de Bach, Mozart e Beethoven — poderão ser executadas durante o ritual. Trilhas sonoras, músicas populares e temas de novelas estão oficialmente proibidos, exceto na saída dos noivos, mediante aprovação da autoridade eclesiástica.

As mudanças também restringem o número de padrinhos a oito casais e vetam decorações extravagantes, como passarelas de vidro ou encenações temáticas. Segundo o Vaticano, o objetivo é restaurar o caráter sagrado do matrimônio e evitar que o evento se transforme em um espetáculo social.

A medida tem dividido opiniões entre fiéis. Enquanto alguns apoiam a retomada da sobriedade litúrgica, outros acreditam que as restrições limitam a expressão pessoal dos casais. Párocos deverão orientar os noivos na escolha das músicas aprovadas, assegurando que o repertório esteja em harmonia com o espírito religioso da cerimônia.

Em um dos momentos mais simbólicos de seu pontificado até agora, o papa Leão XIV reuniu uma multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (1º), para conduzir o primeiro grande evento jubilar voltado às famílias. A celebração, que reuniu pais, crianças, avós e idosos, teve como tema central a defesa da vida e a valorização da união conjugal tradicional.

Durante a homilia, o pontífice enfatizou que o casamento entre um homem e uma mulher não deve ser encarado como um simples ideal religioso, mas sim como o padrão autêntico de amor verdadeiro.

Ele reforçou que a aliança matrimonial é marcada por três pilares: entrega total, fidelidade e abertura à vida. A declaração remete diretamente aos princípios da encíclica Humanae Vitae, de 1968, um dos documentos mais importantes da Igreja Católica sobre família e procriação.

Leão XIV também aproveitou o momento para fazer uma contundente crítica a práticas que atentam contra a vida, em referência indireta ao aborto. Segundo ele, há uma inversão de valores quando a liberdade é usada como justificativa para eliminar vidas, em vez de protegê-las.

“Existem situações em que a humanidade se contradiz, como quando se usa o argumento da liberdade não para preservar a vida, mas para destruí-la. Ou não para proteger o próximo, mas para causar-lhe dano”, afirmou o papa diante da multidão.

Outro ponto central da mensagem foi a importância da família como base para a reconstrução de laços humanos e sociais. Leão XIV ressaltou que, em meio a uma cultura marcada por divisões e conflitos, o matrimônio cristão tem o poder de restaurar relações e transmitir o amor de Deus ao mundo.

“A aliança entre homem e mulher no casamento é um instrumento fundamental para reerguer os relacionamentos humanos. Ela é capaz de unificar e reconciliar em tempos em que a sociedade parece fragmentada”, declarou o papa.

O evento representou não apenas um marco espiritual, mas também um posicionamento claro do líder católico em defesa dos valores tradicionais, reafirmando o papel da família como núcleo vital para a fé, a convivência e a esperança em um mundo em transformação.

FONTE/ FUXICO GOSPEL/Carol Rangel