
Primeiro papa latino-americano, primeiro jesuíta, primeiro Francisco, o papa que faleceu nesta madrugada (horário de Brasília) teve como causa da morte anunciada pelo Vaticano: insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
Segundo a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília). O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.
O atestado foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano. O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento dentro ou ao redor do cérebro e paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como “derrame”, é a emergência médica que mais mata, incapacita e causa internações em todo o mundo, principalmente nas primeiras horas após a sua ocorrência. A sua frequência tem se elevado, sobretudo em adultos devido ao controle inadequado dos fatores de riscos.
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21). O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos.
Os dados sobre as cerimônias de despedidas ainda seguem indefinidos, mas o que se sabe é que, também de forma inédita, Papa Francisco, será enterrada fora do Vaticano.
40 dias internado
No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado no hospital Agostino Gemelli para fazer exames e tratar a bronquite. Mesmo hospitalizado, ele continuou participando de algumas atividades religiosas. No domingo (16), ele pediu desculpas por faltar à oração semanal com fiéis na Praça de São Pedro.
Já na segunda-feira (17), o Vaticano informou que Francisco estava com uma infecção polimicrobiana — causada por um ou mais microrganismos, como bactérias, vírus ou fungos. O quadro de saúde do papa foi descrito como “complexo”.
No dia seguinte, em um novo boletim, o Vaticano anunciou que o pontífice estava com uma pneumonia bilateral. A infecção é mais grave do que uma pneumonia comum, já que pode prejudicar a respiração e a circulação de oxigênio pelo organismo de uma forma geral.
FONTE: Danieleh Coutinho – ESHOJE