Um pai denuncia que a mulher grávida teve o atendimento recusado na UPA Municipalizada de Nilópolis, na Baixada Fluminense, enquanto passava mal, na madrugada desta sexta-feira (12). Segundo o marido dela, conhecido como Jony Bravo do Corte, o bebê não resistiu e morreu.

“Por volta de 2h30 da manhã foi negada a ajuda pra minha esposa que colocou uma bola de sangue pra fora devido aos esforços […] Meu filho, meu sonho, perdi. Está confirmado, ela perdeu”, escreveu ele, após a esposa fazer uma ultrassonografia. 

Antes da confirmação da perda da gestação, Jony gravou um vídeo desesperado mostrando a situação.

 Ao chegar ao atendimento, o casal teria sido informado pela médica de plantão que não poderia ajudar, já que a unidade não possui atendimento obstétrico. Ainda não foi informada a semana gestacional exata da mulher.

“Eu sei que UPA não é maternidade. Mas onde eu moro, é mais perto da UPA do que da maternidade. Ela estava morrendo de dor, então na UPA eu contei com uma ambulância, com os primeiros socorros. Eu sou pai de primeira viagem”, explicou ele nas redes sociais.

Em um vídeo que viralizou rapidamente, é possível ver o desespero de Jony, que, visivelmente transtornado, tenta buscar ajuda para a esposa, que segundo ele, estava perdendo o bebê.

O vídeo começa com Jony dizendo:

“A doutora falou que não tem como ajudar a minha esposa”, relatando o que acabara de ouvir da médica, que levantou rapidamente e quase fechou a porta no rosto do paciente.

A angústia e o desespero do marido da grávida são claros nas imagens. Em um grito que ecoa o sofrimento de muitas pessoas em momentos de emergência, ele continua:

“Minha esposa! Chama a polícia! É a minha esposa! Está perdendo o meu filho! Aqui, óh, estão falando que não têm como ajudar a minha esposa. Ela está perdendo o meu filho. Vocês são mães, vocês são pais! Pelo amor de Deus!”.

Procurada, a Prefeitura de Nilópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestou sobre o episódio. A Polícia Militar foi questionada se houve acionamento, mas ainda não retornou à reportagem.

FONTE: EN FOCO