A Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou na última sexta-feira (5) o Ozempic e o Mounjaro à lista de medicamentos essenciais, adotada em mais de 150 países como referência para compras públicas, fornecimento de medicamentos e esquemas de reembolso de seguros de saúde.
Segundo Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta de Sistemas de Saúde, Acesso e Dados da OMS, “as novas adições representam um passo significativo na ampliação do acesso a medicamentos com benefícios clínicos comprovados e alto potencial de impacto na saúde pública global”.
Além do Ozempic e do Mounjaro, a lista inclui novos tratamentos para diversos tipos de câncer, diabetes com comorbidades como obesidade, fibrose cística, psoríase, hemofilia e outros distúrbios sanguíneos. Atualmente, a OMS considera essenciais 523 medicamentos para adultos e 374 para crianças, refletindo as necessidades mais urgentes de saúde pública.
A organização alerta que diabetes e obesidade estão entre os desafios de saúde mais urgentes do mundo. “Mais de 800 milhões de pessoas viviam com diabetes em 2022, metade sem tratamento. Ao mesmo tempo, mais de 1 bilhão de pessoas são afetadas pela obesidade, com taxas crescendo rapidamente, especialmente em países de baixa e média renda. Essas condições estão intimamente ligadas e podem levar a doenças cardíacas e insuficiência renal”, informou a OMS.
A entidade também destacou que os altos preços de medicamentos como semaglutida (Ozempic) e tirzepatida (Mounjaro) limitam o acesso a esses tratamentos. “Priorizar aqueles que mais se beneficiariam, estimular a concorrência de genéricos e disponibilizar os tratamentos na atenção primária, especialmente em áreas desassistidas, são fatores-chave para ampliar o acesso e melhorar os resultados em saúde”, afirmou.
FONTE: LEIA.NEWS