
Quando o assunto é jantar, médicos, nutricionistas e estudos científicos costumam bater na mesma tecla sobre a refeição: ela não deve ser feita tarde da noite. Conforme orientação de alguns especialistas, está liberado comer até no máximo entre 19h e 20h. Entretanto, há quem se alimente após esse período, o que pode prejudicar o funcionamento do organismo.
De acordo com o nutricionista Guilherme Lopes, do Hospital Mantevida, jantar muito tarde tende a “impactar tanto o funcionamento do sistema digestivo quanto a qualidade do sono”. “Quando o corpo começa a se preparar para descansar, o metabolismo desacelera — e isso inclui a digestão“, esclarece o expert em saúde e performance.
O pós-graduado em nutrição clínica funcional explica que comer muito próximo da hora de dormir pode fazer com que o estômago ainda esteja trabalhando quando o corpo tenta relaxar. “Isso tende a gerar desconfortos, como refluxo, azia e sensação de estufamento”, enfatiza.
Rotina
Guilherme frisa que não está generalizado e endossa: “É importante evidenciar que tudo depende da rotina de cada pessoa“. Ele exemplifica com o caso de um indivíduo que pratica exercício físico à noite e, por isso, dorme mais tarde e janta por volta das 22h ou 23h. “Nessa situação, não é um problema, afinal o corpo está em atividade e precisa repor energia.”

“O que deve ser evitado é fazer uma refeição muito grande antes de deitar”, reitera o nutricionista. O expert em performance avalia como “ideal” optar por consumir algo mais leve e de fácil digestão à noite, como “uma fruta ou um lanche pequeno” em vez de um “prato mais pesado”.
No ponto de vista do pós-graduado em nutrição clínica, “comer tarde não é necessariamente ruim, o que importante o contexto da rotina e o intervalo entre o jantar e o sono.”

FONTE: METROPOLES