
A temporada de migração de pinguins-de-Magalhães no litoral do Espírito Santo já contabiliza 183 encalhes até o último levantamento do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), divulgado nesta segunda-feira (8). Desse total, 141 aves já estavam mortas no momento do resgate. O balanço não inclui os frequentes avistamentos de pinguins nadando no mar.
Segundo o Ipram, o número deste ano já superou a temporada de 2024. No mesmo período do ano passado — entre 9 de julho e 8 de setembro —, foram encontrados 62 animais (43 mortos e 19 vivos). As mortes estão relacionadas às condições debilitadas em que os pinguins chegam à costa, muitas vezes exaustos, desnutridos e com sinais de hipotermia.
Atualmente, apenas 12 aves sobreviventes recebem cuidados no instituto, em Vila Velha, mas enfrentam um quadro delicado devido à alta incidência de infecções respiratórias bacterianas, que têm comprometido as chances de recuperação.
Diante do cenário, o Ipram reforça a orientação para que banhistas não toquem nos animais, mesmo que pareçam vivos, e acionem imediatamente os órgãos responsáveis pelo resgate pelos telefones 0800 991 4800 ou (27) 99970-2576.