
Uma mulher de 35 anos, suspeita de furtar cerca de R$ 500 mil em joias e cartões de crédito de vítimas na Grande Vitória, foi presa pela Polícia Civil (PCES). Andreia Cardoso de Jesus Santos trabalhava como diarista e, se passando por outras profissionais da área, lesava as vítimas. Ela foi presa enquanto chegava em uma residência na Enseada do Suá, em Vitória, onde possivelmente cometeria mais um crime.
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, destacou que a equipe teve conhecimento do crime no dia 11 de março, quando Andreia se passou por uma diarista com o primeiro nome de Dayana e cometeu o crime. Na ocasião, ela furtou R$ 20 mil em joias, no bairro Itapuã, em Vila Velha.
“Ela chegou na casa por volta das 8h, se apresentou com Dayana e foi direto para o quarto da vítima. Já por volta das 10h50, ela saiu da residência com bastante pressa alegando que o filho passou mal. Ao entrar no cômodo, a dona da casa viu que a bolsa estava fora do lugar, e quando olhou todo o quarto, percebeu que foi vítima de um crime e procurou a polícia”, disse.
De acordo com o delegado, a vítima imediatamente entrou em contato com a empresa informando o que aconteceu e, para a surpresa dela, descobriu que Andreia se passou por outra pessoa. “Ao ligar para a empresa, a responsável disse que a diarista daquele dia tinha o nome de Dayana e enviou uma foto da mulher. Foi aí que a vítima percebeu que não era a mesma pessoa. Ao passar as características da suspeita, a responsável pela empresa identificou que se tratava de Andreia, uma pessoa que já estava desligada”.
Gabriel Monteiro reforçou ainda que Andreia cometeu cerca de dez crimes como esses. “Esse não foi o primeiro caso. Após a denúncia feita pela vítima, uma equipe foi até a residência em Itapuã, Vila Velha, e conseguiu as imagens de videomonitoramento que comprovaram quem era a suspeita. Na parte da manhã, os policiais se prepararam para realizar a prisão em flagrante da mulher”.
O delegado contou ainda que as equipes seguiram para alguns endereços onde a suspeita possivelmente estaria, mas sem sucesso. “Foi aí que tivemos a ideia de descobrir quem era Dayana e fomos até a casa dela. No local, a mulher que também foi vítima por ter a ‘identidade’ roubada, disse que conhecia Andreia e reforçou que ela não prestava mais serviço na mesma empresa que ela. Além disso, a mulher mostrou a casa onde a suspeita mora”, explicou.
Foi no último dia 12 de março que a equipe encontrou a suspeita chegando para “trabalhar” na Enseada do Suá, em Vitória, onde cometeria mais um crime. “Recebemos a informação de que ela estaria nesse bairro, onde foi presa em flagrante”.
Segundo o Gabriel Monteiro, já na delegacia, Andreia confessou o crime e deu o nome da pessoa que recebeu as joias. A pessoa seria um comerciante irregular, que também será indiciado por receptação qualificada e pode ter pena de dois a oito anos de prisão. “Esse homem devolveu os objetos. Ele contratou um serviço de entrega por aplicativo para que levasse o material de furto para a delegacia”, comentou o delegado.
O chefe do Deic relatou ainda que, durante a investigação, a equipe chegou à conclusão de que a suspeita usava o próprio número de telefone nos cadastros nas empresas de serviço de diarista.
“Quando ele cometia os furtos, ela pegava os cartões de crédito das vítimas que continham bandeira, numeração, código de segurança. Assim, causava um prejuízo financeiro, mas para ter acesso às residências e datas que as vítimas teriam o serviço de diarista, ela fazia cadastro das vítimas com o número de telefone dela. Assim, a empresa ligava pensando que estava falando com o proprietário. Mas quem ia na próxima diária era Andreia ”, afirmou o delegado.

Gabriel Monteiro completou que Andreia Cardoso vai responder por furto qualificado e por se passar por outra pessoa. Ainda de acordo com o delegado, Andreia Cardoso, que agia há cerca de um ano, vai responder por furto qualificado e falsidade ideológica.
Monteiro ressaltou ainda que a investigação continua para saber como Andreia conseguiu usar a identidade de outra pessoa e ter acesso ao horário da mulher que também foi vítima.
FONTE: Esthefany Mesquita – ESHOJE