
A dona de casa Thalita Lima dos Santos, de 37 anos, ficou presa injustamente por cinco dias após a polícia cumprir um mandado de prisão expedido para sua irmã, que se identificou como Thalita ao ser detida por suspeita de furto. O caso ocorreu em Aparecida de Goiânia-GO, no dia 6 de março.
A prisão ocorreu devido a um mandado relacionado a um furto de celular em setembro de 2024, no qual seu nome aparecia como suspeita. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada, identificou os envolvidos e os encaminhou à Central de Flagrantes após constatar indícios de crime. No entanto, a irmã responsável pelo crime se apresentou com o nome de Thalita.

Na audiência de custódia da irmã, a juíza a liberou a suspeito por considerar o auto de prisão em flagrante “confuso” e “mal redigido” pela PM. A suspeita foi liberada com medidas cautelares, incluindo o comparecimento a todos os atos do processo, o que não aconteceu. Diante do não comparecimento, a Justiça decretou a prisão preventiva da suspeita, resultando na prisão equivocada de Thalita. As informações são da TV Anhanguera.
“Cheguei com minha menina da escola e eles já me prenderam. Falaram que tinha um mandado de prisão com meu nome. Eu disse que não era eu, mas eles já foram me encostando. Fiquei sem ação, sem chão, na frente da minha filha”, disse Thalita à TV Anhanguera.
Ela ficou detida por cinco dias no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. “Eu só queria chorar, só queria morrer, só queria sair desesperada. Deus me livre. Só Deus que me conformou”.
O erro foi constatado durante a audiência de custódia de Thalita. O juiz Leonardo de Camargos Martins, após analisar as imagens da primeira audiência de custódia, percebeu que se tratavam de “pessoas distintas”. Um laudo pericial também confirmou que a digital coletada no dia do flagrante não pertencia a Thalita.
A defesa da dona de casa classificou o caso como um “erro grave”. À TV Anhanguera, a Polícia Militar reforçou seu compromisso com a transparência e se colocou à disposição para esclarecimentos. Já a Polícia Civil não respondeu.
A Defensoria Pública de Goiás representou a irmã de Thalita durante a audiência de custódia, cumprindo seu dever legal de defender pessoas sem condições financeiras.
FONTE: ITATIAIA