Morre Gedelti Gueiros, criador e presidente da Igreja Maranata

Ao longo dos últimos 57 anos, Gedelti liderou, com mãos de ferro, a Igreja Maranata, fundada em janeiro de 1968, no bairro Divino Espírito Santo

Morreu na madrugada deste sábado (5) o pastor  Gedelti Gueiros, 93 anos, fundador e presidente da Igreja Cristã Maranata.

Gedelti estava internado  há quatro dias e a Igreja vinha pedindo orações por ele. Seu velório é sepultamento ainda serão anunciados.

Ao longo dos últimos 57 anos, Gedelti liderou, com mãos de ferro, a Igreja Maranata, fundada em janeiro de 1968, no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES), por um grupo  que saiu da Igreja Presbiteriana.

Atualmente, a Igreja declara ter mais de 1 milhão de membros espalhados por mais de 5 mil templos e está em expansão para a América Latina.

O governador Renato Casagrande decretou luto de três dias.

ORIGEM

A Igreja Maranata foi criada dentro do movimento pentecostal, que varreu as igrejas cristãs protestantes na década de 60.

Os participantes desse movimento creem na repetição, nos dias atuais,  do fenômeno bíblico de Pentecostes nos dias seguintes à ressurreição e assunção de Jesus Cristo. Notadamente, no dom de falar em “línguas espirituais”.

Todas as igrejas históricas foram afetadas. Na Igreja  Católica resultou o “Movimento Carismático”. A Igreja Maranata se apega, em especial, ao dom da “revelação” .

O nome Maranata tem origem aramaica, uma das línguas faladas na Palestina nos tempos de Jesus.

FOi dado à igreja a partir de uma expressão do livro biblico de Apocalipse de João – “Maranata, ora vem Senhor Jesus” – e é um dos principais pontos da doutrina e pregação da igreja: a “parusia”, doutrina da segunda vinda de Jesus Cristo.

A denominação criada por Gedelti e seus companheiros é, talvez, a mais fechada do universo da Igreja Protestante, sem nenhuma ação de cooperação com outras denominações.

INFLUÊNCIA POLÍTICA 

Embora negasse a ação política, Gedelti exercia grande influência sobre o voto da sua membresia e muitos políticos procuravam se aproximar dele.

Ser convidado para visitar o Manaaim (centro de treinamento em Domingos Martins) sempre foi visto como prova de prestígio junto à cúpula da igreja.

Um caso emblemático foi a eleição do ex-jogador dr futebol Geovani Silva a deputado estadual no início do século. Atualmente,  um dos principais políticos vinculados à igreja no Espírito Santo é o deputado Capitão Assunção.

Evangélico da Igreja Quadrangular, o prefeito Euclério Sampaio, de Cariacica, foi um dos primeiros políticos a soltar nota de pesar pela morte de Gedelti Gueiros.(Da Redação)

FONTE: TRIBUNA NORTE LESTE