
Minas Gerais deixa de arrecadar R$ 2,52 bilhões em impostos por ano devido ao comércio ilegal de cigarros eletrônicos e sachês de nicotina, segundo estudo da Escola de Segurança Multidimensional (Esem) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Ipsos.
O levantamento detalha que o valor dos impostos estaduais e federais que deixam de ser arrecadados desses itens é majoritariamente atribuído aos cigarros eletrônicos, que respondem por R$ 2,44 bilhões desse número. Já os sachês de nicotina representam R$ 82,89 milhões do montante não arrecadado no estado.
A pesquisa demonstra que, apesar de estarem proibidos ou sem regulação no país, esses produtos seguem em expansão. Mais de 1,17 milhão de mineiros consomem cigarros eletrônicos e sachês de nicotina regularmente. Outros 1,348 milhão dizem ter usado de forma ocasional nos últimos seis meses.
A análise mostra que a ausência de regulação desses produtos contribui diretamente para o crescimento do mercado ilegal, que movimenta, somente em Minas Gerais, cerca de R$ 980,3 milhões, sem qualquer recolhimento de tributos, com recursos que alimentam atividades criminosas.
Dados nacionais
O Brasil deixa de arrecadar R$ 13,7 bilhões em impostos estaduais e federais por ano devido ao comércio ilegal de cigarros eletrônicos e sachês de nicotina.
No país, são 10 milhões que consomem cigarros eletrônicos e sachês de nicotina mensalmente ou trimestralmente. Já os consumidores brasileiros que afirmaram ter utilizado esses produtos nos seis meses anteriores somam 15,4 milhões de pessoas.
FONTE: O TEMPO