A Secretaria de Saúde da Serra (Sesa) divulgou um balanço atualizado dos casos de meningite registrados entre 1º de janeiro e o início de julho de 2025. Foram confirmados 20 casos da doença neste período, com três mortes. Outros cinco casos seguem sob investigação.

Os números representam uma queda expressiva em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 41 casos e quatro óbitos. Isso significa uma redução de 51% nos diagnósticos e de 25% nas mortes.

Apesar do avanço, a Sesa informou, ao Portal Tempo Novo, que a batalha contra a meningite está longe do fim. A principal ferramenta para conter a disseminação da doença continua sendo a vacinação.

Vacinação contra meningite na Serra

A imunização está disponível em todas as 39 Unidades de Saúde da cidade, respeitando o horário de funcionamento de cada sala de vacinação. Aos fins de semana, pontos extras também são disponibilizados pela Prefeitura da Serra.

A vacinação segue o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI), contemplando diferentes faixas etárias:

• Crianças a partir de 3 meses: 1ª dose da Meningocócica C
• A partir de 5 meses: 2ª dose da Meningocócica C
• A partir de 12 meses: Dose de reforço com Meningocócica ACWY
• Adolescentes de 11 a 14 anos: Meningocócica ACWY

Além disso, outras vacinas do calendário, como a Pentavalente, a Pneumocócica e a BCG, também ajudam a prevenir formas bacterianas da meningite causadas por agentes como Haemophilus influenzae tipo B, Pneumococo e Mycobacterium tuberculosis.

O que é meningite?

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. No Brasil, é considerada uma doença endêmica, com casos registrados ao longo de todo o ano. As versões bacterianas são mais comuns no outono e inverno, enquanto as virais tendem a ocorrer com maior frequência na primavera e verão.

Dados epidemiológicos apontam que o sexo masculino é mais acometido pela doença, conforme informado pelo Ministério da Saúde.

Sintomas da meningite

Meningite viral

Os primeiros sintomas incluem febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz), sonolência, irritabilidade e perda de apetite. Em bebês, sinais como moleira alta, reflexos anormais e letargia podem ser observados.

Meningite fúngica e parasitária

Ambas apresentam sintomas semelhantes: dor de cabeça, rigidez de nuca, febre, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e alterações no estado mental, como confusão.

Como prevenir a meningite?

A prevenção depende do agente causador. Para os tipos bacterianos mais comuns, há vacinas disponíveis gratuitamente pelo SUS:

• Meningocócica C (Conjugada): contra o sorogrupo C
• Meningocócica ACWY (Conjugada): contra os sorogrupos A, C, W e Y
• Pneumocócica 10-valente (Conjugada): contra o Streptococcus pneumoniae
• Pentavalente: protege contra Haemophilus influenzae tipo B, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B
• BCG: previne formas graves da tuberculose, incluindo a meningite tuberculosa

A quimioprofilaxia (uso preventivo de antibióticos) também pode ser indicada para contatos próximos de casos confirmados, a depender da avaliação médica.

Fique atento

A Sesa reforça a importância da vacinação em dia, principalmente entre crianças, adolescentes e outros grupos prioritários. Em caso de sintomas suspeitos, procure atendimento médico imediato, já que o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para reduzir complicações.

FONTE: TEMPO NOVO